Dicas de português

Voltar E o "dito-cujo"?

Para evitar a excessiva repetição de um mesmo termo, conta-se na língua portuguesa com a ajuda dos pronomes relativos. Para tal, podem ser usados: que, quem, qual, onde, quanto e cujo. Todavia, nem sempre o uso dessa artimanha é feito da maneira adequada. A maior incidência de erros é no uso do "cujo".

Cujo é um pronome relativo variável que deve ser utilizado apenas quando algo pertence a alguém. É errôneo o uso para outra finalidade, como em: "O laboratório, cujo realiza as análises, fechará em breve". Não é possível a utilização apenas para evitar a repetição de termos. Deve-se tratar de uma repetição que há a ideia de posse.

Outro erro comum diz respeito à variação final do termo. É possível se utilizar: cujo, cuja, cujos e cujas. O pronome varia seu final de acordo com o artigo que deveria ser usado, dessa forma, a utilização de "cujo o", "cujas as", por exemplo, é equivocada, na medida em que o artigo se encontra incluso no próprio pronome.

Ainda, outra questão que requer cuidado é quanto ao complemento verbal utilizado. Caso o verbo seja complementado com o uso de preposição, é necessário que a preposição seja colocada antes do pronome relativo cujo. É o caso do uso de cujo juntamente com o verbo acreditar: "Esse é o réu em cuja inocência todos acreditam. ".

Para melhor elucidar, listam-se os exemplos a seguir:

  • A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. 
  • Esta é a funcionária com cujas ideias todos concordam.
  • Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro.
  • O garoto cujo pai esteve aqui precisa de tratamento médico de emergência.
  • Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. 

 

Autora: Carolina Gaubert

Referências:

http://escreverbem.com.br/saiba-usar-corretamente-o-pronome-relativo-cujo/
https://www.portugues.com.br/gramatica/uso-pronome-cujo.html