Dicas financeiras

Voltar Investimentos: o que é necessário saber para começar?

Como eu começo a investir? Quando? Onde? Em qual tipo de investimento? Essas dúvidas, muito comuns entre novos investidores, serão esclarecidas nesta nova dica financeira.

Antes de começarmos efetivamente a investir, é necessário atentar para três condições. E você, que acompanha nossas dicas, já sabe quais são:

  1. Possuir uma reserva de emergência, com liquidez imediata, no valor de, no mínimo, seis meses de seu custo de vida mensal;
  2. Identificar o seu perfil de investidor; e
  3. Estudar o investimento que pretende realizar para conhecer seus riscos, rentabilidade, índices de referência, taxas e impostos, entre outras importantes informações que podem ser obtidas em livros, cursos, sites especializados ou com o auxílio de um assessor de investimentos ou profissional da área.

Cumpridas estas etapas, você estará pronto para começar a aplicar o seu dinheiro em diferentes produtos.

O primeiro passo é ter ou abrir uma conta em uma instituição financeira, local onde fará seus investimentos. Ela pode ser um banco, uma corretora ou fintech, como nos exemplos abaixo:

  • Bancos: Banco do Brasil, Banco Itaú, Banco Inter, Santander, BTG Pactual, Banrisul, Bradesco, XP, entre outros;
  • Corretoras: Toro Investimentos, Clear, Modalmais, Rico, Vitreo, entre muitas outras presentes neste mercado; ou
  • Fintechs: instituições financeiras digitais, que não possuem lojas físicas, como: C6 Bank; Nubank; PicPay; PayPal; PagSeguro; entre outras.

Atualmente, existe uma gama considerável destas instituições. Assim, é importante que você pesquise e leve em consideração as taxas cobradas pelos produtos, a liquidez (diária, mensal ou anual), os riscos e a rentabilidade projetada, sempre lembrando que, na maioria das opções de investimentos, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Com o crescimento do mercado financeiro, alguns canais de pesquisa na internet podem auxiliá-lo. Por exemplo, nas páginas Comparador de Fundos e Mais Retorno, é possível ter acesso a diversos dados sobre fundos de investimentos, como taxas de administração, graus de risco, indexadores, entre outros. Já na página Yubb, a pesquisa permite encontrar os títulos de renda fixa mais rentáveis e as diferentes instituições financeiras nas quais eles são negociados.

Decidir quanto aplicar em cada modalidade de investimento também é uma etapa muito importante. Nesse aspecto, a palavra-chave é diversificação. Segundo o bilionário Ray Dalio, um dos maiores gestores de ativos financeiros do mundo, diversificar ativos é a chave diante da incerteza. Em outras palavras, trata-se do conceito segundo o qual não devemos colocar todos os ovos dentro do mesmo cesto, ou seja, devemos diversificar produtos, ativos e, também, instituições financeiras.

Dessa forma, o caminho mais seguro é a elaboração de um portfólio de investimentos (conhecido também como carteira de investimentos) capaz de comportar as mais importantes classes de ativos. Assim, por exemplo, o portfólio de um investidor conservador deve conter uma parcela de títulos ou fundos de investimento indexados ao CDI com liquidez diária; outra fatia de títulos ou fundos de investimento atrelados ao IPCA e, ainda, outra, em menor extensão, de investimentos moderados, como, por exemplo, fundos imobiliários, cambiais (atrelados ao dólar ou a outras moedas) ou de ouro.

O portfólio do investidor mais arrojado também pode seguir os ativos expostos acima, porém com maior percentual de ativos com maiores riscos e possibilidades de rendimentos, como, por exemplo, ações e investimentos no exterior, preferencialmente distribuídos em diferentes setores da economia (financeiro, energético, tecnológico, industrial, varejo, entre outros).

Em resumo, o início das aplicações em investimentos deve ocorrer depois de constituída a reserva de emergência. Em seguida, ciente do seu perfil de investidor, e contando com o auxílio de um assessor de investimentos ou profissional da área, você pode iniciar sua carteira de investimentos, a partir da escolha da instituição financeira na qual serão feitos os aportes. Por fim, é importante diversificar as escolhas, de acordo com o seu perfil, para minimizar riscos e aproveitar o dinamismo do cenário econômico.

Para saber mais sobre o que pensa Ray Dalio, assista a entrevista na íntegra.

Na próxima dica, abordaremos mais detalhes dos investimentos em renda fixa. Até lá!

Elaboração
Leandro Ambros Gallon
Marcelo Dias e Silva
Equipe do Programa de Educação Financeira