Pesquisa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Gestão Participativa
Há muitas modalidades de gestão, sendo que a participativa se destaca pela sua maior flexibilidade e abertura a inovações. Esse modelo valoriza a participação de todos nos processos decisórios operacionais, táticos e estratégicos, e pode contribuir para a qualidade de vida no trabalho.
Robbins (2005) define Gestão Participativa como um processo que utiliza a competência dos colaboradores e se destina a encorajar o maior comprometimento com o sucesso da organização. Assim, cria um elo entre as pessoas e a organização, pois à medida que elas passam a conhecer a missão, a visão e os objetivos organizacionais e se identificar com estes valores, tendem a contribuir de forma mais proativa para que esses objetivos sejam alcançados.
Borges e Santos (2009) destacam que a Gestão Participativa se aplica a uma gestão democrática, na qual colaboradores participam conjuntamente das decisões. Para Ulrich (1998), envolvê-los em um processo decisório significa compartilhar o contexto e a justificativa para a decisão. Esse procedimento favorece o desenvolvimento de habilidades como a reflexão crítica, a evolução contínua e a inovação, visando alcançar objetivos que se sobrepõem a interesses individuais.
Eis algumas sugestões que podem orientar os gestores na implementação da Gestão Participativa em suas equipes:
- Converse abertamente sobre gestão e hierarquia: é importante saber como a equipe se comporta diante de diferentes modalidades de gestão.
- Sugira novas experiências com a equipe: disponibilize novas oportunidades e estimule a interatividade, o compartilhamento de experiências e a conexão produtiva.
- Monitore a evolução dos processos: compreenda as principais motivações e resistências. Esse conhecimento contribui para deixar o modelo mais lapidado e para conquistar melhores resultados.
- Compartilhe e celebre resultados positivos: por pequena que seja, cada conquista deve ser comemorada e terá um significado. Reúna toda a equipe e sempre parabenize as iniciativas produtivas.
Por fim, vale a pena conhecer alguns benefícios que este modelo de gestão pode proporcionar:
- Comunicação e eficiência: a gestão participativa possibilita a troca de informações e uma comunicação constante entre todos da equipe. Isso resulta em eficiência, sem a necessidade de “hierarquizar” ou concentrar resultados em apenas uma pessoa.
- Desenvolvimento: abrindo espaço para participação, os colaboradores podem se revelar proativos e criativos.
- Inovação: compartilhar ideias e experiências é importante na tomada de decisões e favorece o alinhamento para um objetivo comum: o desenvolvimento da organização.
- Engajamento: o engajamento é fortalecido e traz mais dinâmica para o dia a dia no trabalho. Em consequência, a motivação e a satisfação também tendem a crescer.
- Comprometimento: uma equipe engajada está mais propensa a se alinhar aos objetivos corporativos e oferecer resultados mais satisfatórios.
- Otimização de recursos: o poder está muito mais relacionado à responsabilidade do que à hierarquia. Se existe a descentralização da autoridade, as pessoas se comprometem com tomadas de decisão mais acertadas, que otimizam a utilização dos recursos disponíveis.
Mas por onde começar? Para ser colocada em prática, a Gestão Participativa tem início com o incentivo à cooperação dentro da equipe e, concomitantemente, com a descentralização da liderança. A partir destas ações e possibilitando uma comunicação transparente e assertiva, o compartilhamento de conhecimentos e experiências contribuirá para catalisar decisões mais produtivas.
E não esqueça: quando falamos de gestão, precisamos pensar em evolução contínua. Desta forma, o investimento no desenvolvimento da equipe e na efetividade da comunicação são essenciais para que a confiança e a colaboração, indispensáveis na Gestão Participativa, estejam sempre presentes.
Até a próxima dica!