Pesquisa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Vírgula e vocativo
O uso da vírgula é um dos aspectos mais complexos da língua portuguesa. Também pudera, as regras para a sua utilização são infinitas. Uma das premissas mais equivocadas, aliás, é a de que se deve utilizá-la baseando-se na respiração: cada pausa para respirar marca o lugar da vírgula. Não é bem assim.
Dentre as várias possibilidades e regras para o bom e correto uso da vírgula, existe aquela referente ao vocativo. De acordo com a regra gramatical, vocativo é o termo que não está subordinado a nenhum outro termo da oração, utilizado para invocar, nomear, chamar alguém. Por tal razão, sua existência exige o uso da vírgula, já que seu isolamento é necessário.
Se vier no início da frase, a vírgula vem logo depois:
Prezado, solicito a juntada do documento nos autos.
Caso o vocativo apareça no meio da oração, ele será tratado como um aposto, ou seja, entre virgulas.
A questão, Excelência, ...
Na hipótese do vocativo ao final da sentença, ele será precedido pela vírgula:
Parabéns, querido!
É importante atentar para a colocação apropriada do vocativo, porquanto o termo é utilizado nas comunicações oficiais, e-mails institucionais e até mesmo nas peças jurídicas. Assim, a ausência da vírgula nesses casos, além de gerar ruídos na comunicação, pode causar uma tremenda má impressão.
Portanto, colegas, atenção!