Pesquisa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Inteligência cognitiva
O conceito das duas mentes, apresentado Daniel Goleman (2012), mudou a maneira de pensar a inteligência quando a dividiu em racional e emocional. Além de alterar práticas de educação e do mundo dos negócios, essa teoria trouxe uma nova perspectiva sobre as relações interpessoais na sociedade. Embora destaque a inteligência emocional como uma série de habilidades que favorecem melhores desempenhos profissionais, a inteligência racional, ou cognitiva, compreendida como a capacidade de solucionar questões lógicas ou analíticas, ainda é muito valorizada como critério de excelência na vida profissional.
A cognição está associada ao processo de aprendizado que possibilita desenvolver capacidades intelectuais como linguagem, raciocínio lógico, memória, entre outras. Assim, a inteligência cognitiva é capaz de ampliar possibilidades de interação e facilitar a assimilação, o processamento e o aproveitamento de informações que estão disponíveis em nosso entorno.
Por estar relacionada à habilidade de adquirir e utilizar conhecimentos, ainda é determinante em processos seletivos como vestibulares e concursos públicos. Também utilizada em seleções internas nas organizações, pode ser requisito para se alcançar cargos de gestão.
Três competências básicas estão diretamente relacionadas à inteligência cognitiva: disciplina, síntese e criatividade.
Segundo Howard Gardner (2007), a disciplina é a capacidade de uma pessoa se estruturar para adquirir conhecimentos aprofundados, com atualização constante, sobre um determinado assunto e um saber básico sobre as demais áreas relacionadas, a exemplo de um neurologista sobre o sistema neurológico e seu entendimento sobre as demais áreas da medicina.
A capacidade de síntese consiste em compreender o conhecimento envolvido em uma determinada situação, o contexto das necessidades e os meios disponíveis e combiná-los de uma forma adequada que permita traduzi-la em palavras compreensíveis a todos ou em ações coesas e efetivas.
A criatividade, também caracterizada na inteligência cognitiva, permite compreender situações em perspectivas diferentes das já utilizadas e criar novos conteúdos a partir de nossa própria atividade.
Em um contexto de constante evolução, com rápidas mudanças e novos problemas surgindo a todo instante, as soluções já conhecidas nem sempre são suficientes. Assim, gestores e líderes necessitam buscar, a partir de seus potenciais criativos, soluções inovadoras mais efetivas do que as habituais.
A busca estruturada por novos conhecimentos e o exercício da criatividade para enfrentar novos desafios são atividades fundamentais para manter a atividade cognitiva ativa e possibilitar a utilização do conhecimento com mais efetividade.
Por essa razão, é fundamental que os gestores não se estabilizem em sua zona de conforto. Para evitar esta estagnação, é necessário manter a mente ativa a partir de estudos constantes, novos aprendizados, estímulo ao desenvolvimento da criatividade e de novas habilidades, tanto de interesse pessoal quanto profissional.
Na próxima dica falaremos sobre qualidade de vida no trabalho. Siga acompanhando!