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Voltar Curso sobre Acessibilidade e Inclusão é destaque na AJ entre realizações concluídas em dezembro

A Academia Judicial encerrou mais 19 realizações no mês de dezembro. Além da Formação Inicial para Servidores: SEEU - Módulo Básico e a Formação Inicial para Psicólogos, algumas ofertas já conhecidas do público da AJ estiveram na agenda da escola: Língua Portuguesa - tópicos gramaticais, Trabalho Não Presencial no PJSC, Relações Interpessoais no Poder Judiciário de Santa Catarina, Nivelamento de Servidores do PJSC e Administração Pública/CNJ, Comunicação Social, Judiciário, Gênero e Diversidade, e Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e Outras Formas de Discriminação.

Dos cursos credenciados pela ENFAM, foram realizados: O Cérebro que julga - neurociência para juízes e Judicialização da Saúde - Fundamentos e Práticas para a Atuação Judicial. Ainda para magistrados, foi realizado Depoimento Especial aos Magistrados e Tiro Tático Defensivo - Módulo 2: Avançado.

Seguindo com as formações continuadas, foram oferecidos os cursos: Eproc Avançado - Gabinete/Assessoria 2º, Eproc - Elaboração de Minutas de Decisões Judiciais por Servidores do Cartório, Programa de Gestão de Unidades Judiciais e Gestão Patrimonial e de Materiais na Secretaria de Foro.

Dois grandes eventos também compuseram a programação: o I Seminário Estadual sobre Violência Doméstica – Mulheres e o Congresso Catarinense da Magistratura.

Contudo, o destaque do mês ficou por conta do curso Fundamentos Básicos de Acessibilidade e Inclusão, uma parceria com a Secretaria de Acessibilidade e Inclusão do TJSC, que aconteceu em modalidade a distância, de 23 de outubro a 14 de dezembro.

De acordo com o formador Rodrigo Lima, os participantes puderam aprofundar a compreensão em uma variedade de tópicos essenciais. Segundo o formador, houve atenção especial às formas apropriadas de tratamento e às terminologias que respeitam a dignidade das pessoas com deficiência: “Deliberamos sobre recursos e tecnologias assistivas que desempenham um papel crucial na criação de ambientes educacionais e colaborativos acessíveis”.

O formador descreveu ainda: “A discussão sobre o preconceito enfrentado por pessoas com deficiência, conhecido como capacitismo, foi abordada de maneira abrangente, explorando estratégias eficazes para combatê-lo. O curso, permeado por uma perspectiva humanística, não apenas ampliou nossos horizontes sobre questões de acessibilidade, mas também reforçou a importância de colocar as pessoas no centro de todas as ações e decisões relacionadas a esse tema”.

A aluna Ana Carolina Serpa Schaefer Martins expôs suas percepções: “O curso proporcionou, além de reflexões e vivências, importante conhecimento sobre questões relacionadas à acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência, com aspectos históricos, legais e de paradigmas, e destaque às barreiras (atitudinais, urbanísticas, tecnológicas, etc.), aos modelos de abordagem e aos tipos de capacitismo (preconceito em razão da deficiência)”.

A servidora lotada na Diretoria de Gestão de Pessoas registrou, ainda, que “exemplos práticos foram diversas vezes apresentados, inclusive de como proceder quando do atendimento à pessoa com deficiência (auditiva, visual, mental ou intelectual)”. Considerando a diversidade de barreiras ainda existentes, destacou a busca por “maior equiparação de oportunidades (equidade) e uma inclusão de forma global, com autonomia, conforto e segurança, observadas as capacidades e potencialidades da pessoa com deficiência, seja qual for”.

Para o servidor Marcos Pacheco, lotado na comarca de Palhoça, o estudo concluído compôs valoroso território de investigação no âmbito dos estudos organizacionais sobre o tema e, em depoimento pessoal comentou: “a título de autorreconhecimento como pessoa surda, propagou a perspectiva da luta pelo reconhecimento, onde nos encontramos na própria subjetividade e identidade como surdo, cotista e ser social, que enxerga, na perspectiva interdisciplinar, uma chave analítica fundamental neste horizonte”.

Marcos ponderou sobre a importância de superar alguns processos, na luta por uma sociedade igualitária e democrática. No contexto do curso, considerou que os ensinamentos proporcionados aumentam a segurança temática na execução do serviço, no setor em que atua. Completa: “Ficaremos dispostos a novos chamados para a evolução profissional”.

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