Força feminina no sistema prisional e socioeducativo é debatida em evento estadual  - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

As juízas Cláudia Ribas Marinho, da Vara de Execuções Penais de Itajaí, e Ana Cristina Agustini, da Vara de Execuções Penais de Curitibanos, participaram neste mês (1º de novembro) da conferência de abertura do IV Encontro de Policiais Penais, Agentes de Segurança Socioeducativas e Servidoras (EPPASS), da Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP). O painel trouxe à tona a importância da participação feminina em cargos de liderança e poder, especialmente no contexto do sistema prisional e socioeducativo.

Além das magistradas, o evento contou com a presença da secretária adjunta da SAP, Joana Mahfuz Vicini, e da diretora-geral de Polícia Penal, Renata de Souza, com mediação da policial penal Bruna Longen. O evento, realizado em São José, destacou a força das mulheres no sistema e proporcionou um ambiente de valorização, fortalecimento de laços e compartilhamento de experiências entre as profissionais.

“Participar de debates sobre a presença feminina nas instâncias de poder, especialmente em um setor tão complexo e essencial como a administração prisional e o sistema socioeducativo, é fundamental para o fortalecimento e reconhecimento das mulheres. Nesse espaço, discutimos as barreiras e desafios que enfrentamos, mas também destacamos nossa resiliência, experiência e compromisso com a justiça e a transformação social. Esses encontros são oportunidades preciosas para nos unir, refletir sobre nossas trajetórias e construir estratégias coletivas que ampliem nosso protagonismo. É essencial que ocupemos esses espaços, pois nossa perspectiva enriquece a gestão e contribui para uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou a juíza Cláudia Ribas Marinho.

Para a juíza Ana Cristina Agustini, o evento representou uma reflexão valiosa sobre o papel da mulher em espaços de decisão e a importância de uma atuação baseada na competência. “Fiquei muito honrada com o convite e adorei participar. Foi possível perceber que estamos caminhando para a conscientização de que espaços de poder devem ser ocupados em razão da competência de seus postulantes, independentemente do gênero a que pertencem. E também resta nítido para mim que o jeito de fazer as coisas das mulheres, com sensibilidade e cuidado, não é um entrave. Longe disso, é um ganho de qualidade nas decisões proferidas. Ninguém perde se a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens for obtida”, destacou.