Voltar Magistrado conclui interrogatório de membros de facção na Penitenciária de Joinville

O juiz Emerson Carlos Cittolin dos Santos, que responde atualmente pela 1ª Vara Criminal da comarca de Joinville, encerrou na tarde desta quinta-feira (1º/6) a audiência de instrução que apura a participação de 50 réus - todos líderes e integrantes de uma facção criminosa da região Sudeste com ramificação pelo sistema prisional do país - na prática de diversos crimes no Estado. O magistrado deslocou-se pelo segundo dia consecutivo às dependências da Penitenciária Industrial de Joinville, onde promoveu o interrogatório de 43 réus.

Os trabalhos se encerraram por volta das 16 horas. Não foram ouvidos sete deles, cinco por estarem foragidos e dois que, no aguardo do julgamento em liberdade, não compareceram ao ato para o qual foram intimados. Neste caso, explicou o magistrado, é decretada a revelia, com o prosseguimento normal do feito. "Posso dizer que tudo transcorreu no clima da mais absoluta tranquilidade e que o esquema de segurança montado funcionou conforme o previsto, sem alterações a se registrar", comentou o juiz Cittolin, satisfeito com o sucesso da audiência iniciada ainda na quarta-feira (31/5), quando ouviu testemunhas de acusação e defesa no mesmo local. O processo em questão reúne 13 mil páginas. Somente a denúncia formulada pelo Ministério Público (MP) possui 35 laudas.

Os envolvidos são acusados da prática de diversos crimes, entre eles participação em organização criminosa, associação para o tráfico, uso e porte de armas de fogo e corrupção de menores. O magistrado adianta que agora vai aguardar o retorno das cartas precatórias expedidas para oitiva de testemunhas de defesa residentes em outras comarcas, assim como a realização de diligências solicitadas tanto pelo MP como por alguns réus para juntada nos autos. Na sequência, explica, será aberto prazo para alegações finais que, apresentadas, abrem caminho para a conclusão do feito a partir da sentença. Cittolin preferiu não estimar um prazo para isso, apesar de ter lembrado que a ação não completou ainda um ano nos escaninhos da Justiça. A denúncia contra os envolvidos foi aceita em julho de 2016 (Autos n. 00056268120168240038).

Imagens: Divulgação/DEAP
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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