Museu do TJ abre exposição sobre Revolução de 1930 com documentos raros e armas originais   - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Museu do TJ abre exposição sobre Revolução de 1930 com documentos raros e armas originais  

Ata revela que presidente renunciou por interferências de militares   

04 Outubro 2024 | 14h38min
  • História

O Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto ganhou novo espaço, agora ao lado da Biblioteca, no hall de entrada do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A solenidade de inauguração, nesta semana (1º/10), marcou a abertura de uma exposição inédita sobre a Revolução de 1930.

Armas originais, grandes fotos, mapas da batalha e documentos raros impressionam quem visita a exposição inédita sobre o confronto armado entre as forças revolucionárias, lideradas por Getúlio Vargas, e as forças legalistas a serviço do presidente Washington Luís. Em Santa Catarina, a revolução se espalhou como fogo e chegou à maioria das cidades. Florianópolis, entretanto, manteve-se como reduto legalista até o fim.

Para o historiador Sandro Macowiecki, servidor do Museu, “os ecos do conflito reverberaram não apenas nas estruturas de governo, mas também no cotidiano de magistrados e servidores do Judiciário e na vida de inúmeros catarinenses, todos atingidos pelas mudanças impostas pela nova ordem republicana”.

Entre os registros históricos da exposição, destaca-se a ata de uma sessão extraordinária do Tribunal Pleno, ocorrida em maio de 1931, na qual o então presidente da Corte, Francisco Tavares da Cunha Mello Sobrinho, renunciou à presidência devido a interferências militares em sua gestão.

Aberta ao público e gratuita, a exposição lança um olhar profundo sobre a passagem das tropas revolucionárias no Estado e os combates ocorridos ao longo do mês de outubro de 1930, ao revelar as cicatrizes deixadas em cidades como Joinville, São Bento do Sul e Anitápolis, nas quais houve os piores e mais mortíferos combates.

A história de quem conta a história

O Museu do Judiciário, hoje com milhares de documentos históricos, muitos deles raros e requisitados por pesquisadores de todas as partes do Brasil, começou pequeno. Foi criado por meio da Resolução TJ n. 4, de 6 de fevereiro de 1991, aprovada em Tribunal Pleno, e passou a ocupar uma pequena sala no Gabinete da Presidência. A inauguração de fato, já em espaço próprio, ocorreu em 1º de outubro de 1991, dia do aniversário de 100 anos do TJSC.

Os servidores, no começo, recolhiam, catalogavam e restauravam documentos e objetos. “Era necessário demonstrar a importância daquele ambiente como espaço de reflexão e de aproximação do Judiciário com a sociedade”, conta Lília Lacerda da Silva, chefe da Seção de Museu.

Entre todas e tantas pessoas importantes que tornaram o Museu uma referência em Santa Catarina, Lília destaca um nome: Orivalda Lima Silva, a Valda, historiadora e servidora do TJ, hoje aposentada. “O empenho, o entusiasmo e o comprometimento de Valda fizeram com que o Judiciário catarinense construísse um acervo tão rico e conquistasse a reputação que tem hoje”, afirma.

Ao longo do tempo, outras funções foram atribuídas ao Museu. Hoje, a Seção organiza, guarda e preserva os processos, documentos, livros, armas, móveis e utensílios identificados como históricos pela Justiça catarinense. Além disso, realiza eventos culturais e promove mostras permanentes, temporárias e itinerantes, atende aos pedidos de pesquisa e também gere a Capela Ecumênica de Santa Catarina de Alexandria.

Horários de funcionamento do Museu

De segunda a sexta, das 8h às 19h.

As visitações podem ser espontâneas ou mediante agendamento pelo e-mail dgdm.museu@tjsc.jus.br ou pelo telefone (48) 3287-2436. Grupos de alunos trazidos por professores devem agendar. A entrada é gratuita. 

Confira a cobertura fotográfica da exposição sobre a Revolução de 1930 no Museu do Judiciário de SC. 

Imagens: Divulgação/TJSC-Cristiano Estrela
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa

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