Pedreiro é condenado a mais de 13 anos de prisão pela morte da companheira em Florianópolis - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
- Decisão Judicial
O juízo da Vara do Tribunal do Júri da comarca da Capital sentenciou, nesta terça-feira (9), um pedreiro pela prática de feminicídio contra sua ex-companheira, em Florianópolis. O pedreiro, de 45 anos, foi condenado pelo Conselho de Sentença à pena de 13 anos, sete meses e 10 dias de reclusão em regime fechado. A jovem, de 23 anos, foi assassinada com uma facada no pescoço.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido em uma madrugada do mês de abril de 2020. O pedreiro, possuído por ciúme doentio, planejou o crime contra a mulher, que residia no bairro Estreito. Com a justificativa de sair para jantar, o homem voltou a se encontrar com a vítima.
Quando já estavam na cama, o pedreiro escondeu uma faca sob o travesseiro. Em momento de distração da vítima, ele lhe desferiu um golpe no pescoço. A mulher saiu até o corredor do edifício para buscar ajuda, mas não resistiu ao ferimento. O agressor, que é de Biguaçu, fugiu do local deixando vários objetos pessoais como roupas e telefone.
O magistrado Mônani Menine Pereira negou ao pedreiro o direito de recorrer da sentença em liberdade. “A memória da vítima não pode se resumir à contribuição probatória de um laudo cadavérico nos autos. Deve transformar-se, por obra da Justiça, primeiramente no caráter retributivo de uma pena imposta pelo Estado ao criminoso. Mais à frente, pelo viés intimidador, como um aviso da sociedade, representada aqui pelo Conselho de Sentença, de que toda e qualquer agressão à mulher nunca será tolerada e será rigorosamente punida”, anotou o juiz na sentença.
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)