Pesquisa do CNJ sobre violência doméstica quer ouvir as mulheres do Poder Judiciário - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Consulta estará aberta até o dia 29 de abril de 2025
- Violência Doméstica
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou pesquisa destinada a magistradas, servidoras, estagiárias, terceirizadas e militares sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher no Poder Judiciário. De forma anônima, a pesquisa estará aberta para participação até o dia 29 de abril de 2025. A consulta tem o objetivo de aprimorar a atuação institucional no enfrentamento da violência, ao fortalecer medidas de proteção e acolhimento dentro do próprio Poder Judiciário.
No Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), casos como os feminicídios de Cleci Kehl Zeppe e Indira Mihara Felski Krieger evidenciam a vulnerabilidade das mulheres, mesmo em espaços que deveriam atuar como promotores de segurança e igualdade. Assim, o Judiciário catarinense, que realiza diversos programas de proteção à mulher por meio da Cevid (Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar), apoia a iniciativa do CNJ.
A pesquisa atende as diretrizes da Recomendação CNJ n. 102/202. A recomendação orienta os tribunais a adotarem protocolo integrado de prevenção e medidas de segurança voltado ao enfrentamento da violência doméstica e familiar.
O preenchimento da consulta leva apenas cinco minutos. As respondentes não serão identificadas e todos os dados serão tratados de forma agregada e sigilosa. O questionário (anônimo) reúne 19 perguntas divididas em cinco partes: identificação, conhecimento sobre a regulamentação, protocolo informativo, protocolo estruturante e rota crítica.
Segundo o CNJ, dados do Censo do Poder Judiciário 2023 mostraram que 87,5% dos servidores e servidoras respondentes sofreram violência psicológica no âmbito familiar e, no mesmo contexto, 48% já sofreram violência física, 41,4% vivenciaram violência moral e 25,5% foram vítimas de violência patrimonial. As informações do censo revelam que 90% das respondentes femininas e 98,1% dos homens ouvidos viveram violência familiar ou doméstica, independentemente de formalização da denúncia.
Participe da pesquisa.