Voltar 'A Academia Judicial deve ser um centro irradiador de soluções', afirma o des. Luiz Felipe Schuch

Com 31 anos dedicados à magistratura, autor de cinco livros jurídicos e outros cinco de poesia, o desembargador Luiz Felipe Siegert Schuch, novo diretor-executivo da Academia Judicial (AJ), adianta que “neste biênio, em todos os projetos e ações, a excelência será a palavra de toque. É a marca que queremos deixar”. 

O diretor-executivo fala com a clareza e a objetividade dos bons professores e de quem está familiarizado com o ambiente acadêmico. Além de ter sido aluno no mestrado e no doutorado, ele foi vice-diretor da Academia na gestão do presidente Ricardo Roesler, de fevereiro de 2020 a janeiro de 2022.  

Ao longo da entrevista, realizada em seu gabinete no Tribunal de Justiça, Schuch fez questão de enaltecer as gestões anteriores que tornaram a AJ uma das mais respeitadas escolas de governo de Santa Catarina. Leia a seguir os principais trechos. 

Qual é o seu principal objetivo à frente da Academia Judicial neste biênio? 

A Academia Judicial é uma das mais respeitadas escolas de governo no nosso Estado e é referência para os outros tribunais do Brasil. Ela tem um histórico, em seguidas gestões, de excelentes serviços prestados. Vamos dar continuidade aos trabalhos de qualidade que a Academia já desenvolveu e desenvolve e iremos acrescentar, em todos os projetos e ações, uma busca incessante pela excelência. Esta é a palavra de toque que nós vamos buscar nestes dois anos de trabalho: excelência. É a marca que todos nós, da administração da Academia, queremos deixar. 

Em sua primeira reunião com o corpo diretivo da Academia, o senhor falou em tornar a AJ “um centro irradiador de soluções para o Poder Judiciário”. O que isso significa?

Por ser um reconhecido centro de produção e disseminação do conhecimento, a Academia Judicial tem um papel fundamental na preparação e adaptação de magistrados e servidores para a Justiça do futuro, mais tecnológica, com ferramentas novas introduzidas pela automação e inteligência artificial. Com a equipe de servidores e magistrados de que dispõe, com a experiência que acumulou ao longo dos anos, a Academia está apta a fomentar experiências capazes de auxiliar a administração do Tribunal na tomada de decisões. Ela pode propor soluções para os diversos desafios que enfrentamos hoje. 

O senhor pode dar um exemplo? 

Se não é possível superar, por exemplo, a quantidade pletórica de processos – que não diminui, só aumenta –, podemos encontrar caminhos para lidar melhor com esta demanda. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Francisco Oliveira Neto, é um homem que conhece a Academia e sabe que é possível, a partir de núcleos de pesquisas, fomentar novas ideias para solucionar antigos problemas. Há, entre todo o corpo diretivo do TJ, uma sinergia muito positiva. Estamos imbuídos dos mesmos propósitos, com a mesma determinação de encontrar as melhores soluções possíveis para que a Justiça catarinense entregue, cada vez mais, um serviço de qualidade. 

O que motivou o senhor a aceitar este desafio?

Durante a minha carreira, procurei estar disponível para, além do trabalho jurisdicional, contribuir no Poder Judiciário em outras tarefas que me fossem confiadas ou que fossem demandadas pela Administração. O fato de ter sido aluno nos programas de aperfeiçoamento da Academia Judicial, no mestrado e no doutorado, também me motivou a aceitar o desafio que assumo conjuntamente com os colegas magistrados que convidei para trabalhar comigo. Nesta gestão, compõem o corpo diretivo da Academia o desembargador Marcos Fey Probst e os juízes Bruno Makowiecky Salles, Jefferson Zanini e Romano José Enzweiler. Eu penso que todos nós, membros do Poder Judiciário, assumimos um compromisso que vai além da dedicação aos processos judiciais, pois podemos também emprestar nossa inteligência para buscar soluções e melhorar o nosso serviço e o nosso atendimento.
 
CURRÍCULO 

Natural de Porto Alegre/RS, Schuch iniciou a carreira na magistratura em janeiro de 1993 e atuou nas comarcas de Lages, Balneário Camboriú, Itajaí, Imaruí, Caçador, Blumenau e Capital. Em 2015, assumiu o cargo de juiz de direito de 2º grau; em 2019, foi promovido a desembargador. Passou a integrar a 4ª Câmara de Direito Civil como membro efetivo, sendo também seu presidente. Desde 2022, acumula a função de juiz do TRE-SC, na categoria de desembargador substituto.

Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
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