Voltar Atentados contra delegacias e chacina da Vila União estão na pauta do Júri da Capital

Cinco homens sentarão no banco dos réus do Tribunal do Júri, em fevereiro de 2020, na comarca da Capital. Todos aguardam presos os julgamentos marcados para os dias 11, 13, 18 e 20. Dos quatro processos, três têm relação com o tráfico de drogas no norte da Ilha, em Florianópolis. Destaque para os atentados contra as delegacias de polícia e para a chacina da Vila União, que deixou quatro mortos e um ferido há três anos. As sessões devem ser presididas pela magistrada Paula Botke e Silva.

No primeiro julgamento, dois homens serão julgados pelos atentados contra as 7ª e 8ª delegacias de polícia. Os crimes ocorreram nos dias 8 e 9 de fevereiro de 2017. Na unidade policial de Canasvieiras, que foi alvo de 28 disparos de dois homens em uma moto, três policiais estavam de plantão. Já na delegacia de Ingleses, que foi atingida por 22 disparos, quatro policiais trabalhavam no momento da ocorrência.

Após os atentados, os policiais encontraram faixas que pediam a transferências de presos de uma determinada facção. Os dois homens foram denunciados pelo Ministério Público pelas tentativas de homicídio. Um foi identificado na investigação, por meio de interceptação telefônica, como o mandante e o outro como responsável por fornecer as armas para o atentado contra a 8ª delegacia. Os dois negam a participação nos crimes, cujos executores nunca foram identificados.

A segunda sessão do Tribunal do Júri da Capital deste ano vai julgar um dos homens suspeitos de participar da chacina da Vila União, em 18 de abril de 2017. Ele foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificados. Durante a madrugada, seis homens fortemente armados invadiram a comunidade do norte da Ilha para dominar o tráfico de drogas, que estava sob o comando de facção rival. Quatro jovens foram executados. Um quinto homem foi baleado, mas conseguiu fugir e sobreviveu aos ferimentos. Três homens foram identificados como autores, mas o processo foi cindido e apenas um será julgado no dia 13 de fevereiro.

O terceiro julgamento é o único cuja motivação, aparentemente, não está ligada ao tráfico de drogas. Em função de um desacordo comercial pela compra e venda de uma motocicleta, um homem matou outro no Morro da Caixa, na Ilha, em 26 de junho de 2018. Quem sentará no banco dos réus é o homem que teria emprestado a arma e facilitado a ação criminosa. Ele foi denunciado pelo homicídio duplamente qualificado.

Para encerrar o mês, o Júri volta a se reunir no dia 20 para tratar de mais um crime que tem o comércio ilegal de drogas como pano de fundo Durante uma investigação no bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha, um polícia à paisana flagrou o comércio de drogas e acabou identificado pelo criminoso, que efetuou vários disparos. O policial não foi atingido e o homem responderá pela tentativa de homicídio.  

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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