Círculos de Paz promovem acolhimento e reflexão na luta contra assédio e discriminação  - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) promoveu de 6 a 9 de maio, durante sua IV Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação, círculos de construção de paz. Os eventos foram organizados pelo Comitê de Gestão Institucional da Justiça Restaurativa em parceria com as Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e de Todas as Formas de Discriminação de 1º e 2º graus (CPEAMAS). As atividades ocorreram nas comarcas de Lages, Itajaí, Timbó e Capital.

Nas duas comarcas do Vale do Itajaí, a assistente social do PJSC Joyse Joliet Giovanella desempenhou a função de facilitadora dos círculos de construção de paz. Ela destacou a emoção ao participar desses círculos durante a Semana de Prevenção ao Assédio e à Discriminação.

“Cada vez mais me convenço de que a melhor maneira de resgatar o ser humano que habita em nós, a nossa essência primeira, é sentar em círculo. O círculo possibilita resgatar a nossa humanidade, pois nele somos apenas nós mesmos. Os papéis sociais que representamos no dia a dia deixam de existir e apenas nossa verdadeira essência permanece. Através da conexão que se estabelece entre os participantes do círculo, é possível nos despir desses papéis para resgatar, de maneira honesta e responsável, relacionamentos e vínculos sociais primários da essência humana”, enfatiza.

Na comarca de Timbó, as atividades ocorreram na terça-feira (6/5). Pela manhã, o círculo de construção de paz foi promovido aos servidores terceirizados; à tarde, aos estagiários da comarca. No dia seguinte, quarta-feira (7), a ação foi desenvolvida pela manhã com os terceirizados da comarca de Itajaí. Na sexta-feira (9), o círculo de paz ocorreu com servidores no período da tarde.

Círculos na comarca de Lages

Em Lages, o Núcleo de Justiça Restaurativa, o segundo de Santa Catarina, foi o responsável por trazer o tema para reflexão. Em três momentos distintos reuniu servidores e terceirizados em círculos de construção de paz para falar sobre assédio e discriminação no ambiente de trabalho, prevenção e redução dos danos ocasionados por esses comportamentos.

A servidora Marceli Aparecida Welter foi uma das primeiras a chegar ao local dos encontros. “O círculo foi, como sempre, maravilhoso. Um momento para externarmos nossos sentimentos de ansiedade, angústias e feridas! É um recarregar de baterias e um descarregar daquilo que não nos faz bem. Gratidão por termos esta oportunidade tão bem estruturada”, destaca. 

Um tanto resistente em participar, a colaboradora terceirizada Malde Aparecida Muniz encerrou o círculo emocionada. “A gente sai leve e feliz depois de colocar para fora o que nos incomoda”. Há 14 anos na comarca de Lages, ela conta que, antes de chegar ao Fórum, trabalhou em outro ambiente financeiramente muito interessante, porém com assédio moral. “O salário era maravilhoso, mas eu saía chorando. Resolvi mudar. Aqui, ganho menos, mas sou feliz e grata”, diz, ao contar que está formando o filho em Direito. 

Nos encontros, atuaram como facilitadores os servidores Ildemar José da Costa e Marina Mantovani. 

 Divulgação/Comarcas de Lages, Itajaí e Timbó