Voltar Com atuação de destaque na preservação da memória, TJ celebra o Dia Internacional dos Museus

Para celebrar o Dia Internacional dos Museus, comemorado nesta quinta-feira (18), o Núcleo de Comunicação Institucional (NCI), do TJSC, entrevistou o historiador Adelson André Brüggemann, chefe da Divisão de Documentação e Memória do Judiciário.

Além da preservação, a Corte catarinense se empenha na divulgação e na democratização de sua história, com exposições abertas ao público, produção de vídeos e livros. No Museu do Judiciário Catarinense, por exemplo, há documentos manuscritos do século XIX, ações que envolvem a libertação de escravizados, processos da Guerra do Contestado, da Revolução Federalista e também esculturas, peças de mobiliário antigo, material audiovisual e iconográfico.

“A história do Judiciário se entrelaça com a história brasileira, ajuda a contá-la e a revelá-la da forma mais fidedigna possível”, afirma Adelson. Ele destaca que a Comissão de Gestão da Memória do TJSC, presidida pela desembargadora Haidée Denise Grin, está há mais de seis meses empenhada na investigação e escrita da biografia de todos os desembargadores que atuaram e atuam em Santa Catarina. Já foram lançados cinco volumes.

Adelson lembra ainda que fotografias raras e históricas dos endereços que o Tribunal de Justiça de Santa Catarina ocupou, de 1891 até os dias atuais, estarão expostas na sede da Corte até quarta-feira que vem (24).  Leia a seguir os melhores trechos da entrevista.


 

Por que esta data – Dia Internacional dos Museus - é importante para o Judiciário catarinense?  

Antes da criação do Museu do Judiciário, documentos relevantes dos séculos XVIII, XIX e XX estavam se perdendo nas comarcas e no próprio Tribunal, em condições inadequadas de armazenamento. O Museu cuidou e cuida para que essa memória seja preservada.  

O Dia Internacional dos Museus foi criado com qual objetivo?

A data foi criada pelo Conselho Internacional de Museus (Icom), em 1977, com o objetivo de incentivar as pessoas a visitarem os museus, e também para conscientizá-las sobre o papel dos museus na sociedade. A palavra museu tem raiz etimológica na Grécia Antiga e referia-se ao Mouseion, o “templo das nove musas” (figuras ligadas às artes e ciências), um ambiente destinado a estudos e contemplação.

O museu, como o conhecemos hoje, tem qual origem?

É provável que os primeiros embriões dos museus atuais tenham sido coleções particulares de objetos de arte iniciadas em algumas cortes nos séculos XV e XVI. Contudo, o público não tinha acesso a essas coleções, restritas a frequentadores dos palácios. Já nos séculos XVII e XVIII, coleções particulares deram origem a museus famosos, como é o caso do British Museum, fundado em 1759. Atualmente há museus com diferentes acervos e finalidades: históricos, de arte, naturais, de moda, de carros, gastronômicos etc.

Qual foi o primeiro museu no Brasil?

O primeiro de que se tem notícia é o Museu Real, atual Museu Nacional, criado no Rio de Janeiro em 1818, na esteira dos múltiplos incentivos à cultura gerados com a vinda da Família Real para este lado do oceano.

E no Judiciário brasileiro, qual foi o primeiro museu?  

No Brasil, o primeiro Tribunal de Justiça a fazer isso foi o do Pará, em 1971. O Museu do Judiciário Catarinense foi criado em 1° de outubro de 1991, com áreas destinadas aos serviços administrativos, à reserva técnica e às exposições permanentes. Ele é aberto a visitações espontâneas ou mediante agendamento, que pode ser feito pelo e-mail (ddi.museu@tjsc.jus.br) ou pelo telefone (48) 3287-2436.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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