Comunidade lota júri do acusado de matar três irmãs em crime na comarca de Cunha Porã - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Segurança reforçada inclusive com equipe do NIS
- Julgamento
Com previsão de conclusão para esta noite, teve início na manhã desta terça-feira (26/2), por volta das 8h30min, na comarca de Cunha Porã, o julgamento de homem acusado de assassinar três irmãs e lesionar gravemente um ex-concunhado, em crime ocorrido em 27 de fevereiro de 2017 na residência das vítimas.
A sessão acontece no auditório da Siccob, naquela cidade. As atividades iniciaram com o sorteio dos sete jurados que decidirão o futuro do réu. A programação segue com oitiva das testemunhas, depoimento do acusado e explanações da acusação e da defesa. A sentença é aguardada para a noite desta terça-feira.
A defesa do acusado chegou a solicitar a mudança de local para julgamento, mas o Tribunal de Justiça determinou a permanência do júri em Cunha Porã. O acesso ao público, em razão do espaço físico e da segurança dos envolvidos, foi limitado pela organização da comarca. Mesmo assim, todos os 100 lugares foram ocupados e algumas pessoas aguardam do lado de fora.
A segurança no local foi reforçada com 18 policiais cedidos pelo Ministério Público, Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça, Polícia Militar e Departamento de Administração Prisional. Os advogados de defesa são Heronflin Angelo Dallalibera e Adilson Luiz Raimondi. Na acusação estão os promotores de justiça Gustavo Teixeira e Juliana Andréia Bertoldo. A sessão está sob presidência da juíza substituta Janaína Alexandre Linsmeyer Berbigier, lotada na Vara Única da comarca de Cunha Porã. O crime ocorreu no interior do município, na Linha Sabiazinho.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu, após romper relacionamento com uma jovem de 15 anos, com quem chegou a ter um filho, arrombou a porta da casa da família da ex e passou a atacar duas ex-cunhadas e a própria ex-companheira. Com 23, 12 e 15 anos, todas foram mortas com dezenas de golpes de faca. O marido de uma das irmãs também foi agredido. Ele sofreu 17 perfurações que atingiram órgãos vitais como pulmões e estômago. O homem, contudo, fingiu-se de morto e assim conseguiu pedir ajuda ao vizinho, obter socorro médico e garantir sua vida.
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)