Voltar De SC para o Brasil, Programa Novos Caminhos é apresentado para mais oito TJs do país

O Programa Novos Caminhos, iniciativa idealizada em Santa Catarina há 10 anos, prossegue em seu processo de nacionalização. A convite do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), integrantes da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (CEIJ), do TJSC, da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) apresentaram a ação – por videoconferência – para oito tribunais de Justiça nesta semana (25/10).

A juíza auxiliar Carolina Ranzolin Nerbass, da Corregedoria Nacional de Justiça, comandou a reunião e explicou aos representantes dos tribunais do Acre, Alagoas, Amapá, Roraima, Rondônia, Maranhão, Rio de Janeiro e do Distrito Federal o que é e como funciona o Novos Caminhos.

Em abril, neste mesmo formato, o Programa foi apresentado aos tribunais de Justiça da Bahia, Pará, Tocantins e Rio Grande do Sul.  “A nacionalização”, afirmou o desembargador Álvaro Luiz Pereira de Andrade, coordenador da CEIJ, “é a possibilidade de esperança para milhares de jovens brasileiros”.

A iniciativa do CNJ – em replicar para o país a ação catarinense - faz parte da diretriz estratégica que irá desenvolver protocolos institucionais entre tribunais, entidades da sociedade civil, instituições de ensino, empreendedores e empresários, com o objetivo de viabilizar o processo de desinstitucionalização do jovem que vive nas casas de acolhimento, obrigado a deixá-las ao completar 18 anos. É exatamente o que faz o Novos Caminhos.

Em linhas gerais, o Novos Caminhos atua na oferta de serviços de educação, saúde e articulação para a empregabilidade de jovens que vivem nas 214 instituições de acolhimento de Santa Catarina. Oferece aos maiores de 14 anos cursos de profissionalização e articula vagas no mercado de trabalho. Aos menores de 14, prevê ações de saúde, bem-estar e educação de contraturno. O objetivo é estimular a cidadania e a autonomia financeira.

Só no ano passado, 234 jovens foram inseridos no mercado de trabalho, 200 consultas odontológicas foram realizadas, 1061 consultas psicológicas registradas, sem falar nos atendimentos com profissionais da enfermagem, da fonoaudiologia, da nutrição e do esporte.

Segundo a juíza Carolina, as apresentações servem de base para os tribunais analisarem e formularem um modelo exequível às suas realidades. Para agilizar a implementação e fornecer mais detalhes, o TJSC fará nova reunião com o Tribunal de Alagoas no dia 6 de novembro e com o Tribunal do Maranhão no dia 10.

Na reunião desta quarta-feira, de Santa Catarina, participaram também as servidoras da CEIJ Lilian da Silva Domingues, Sílvia Poconé Ettinger e Fernanda de Paula Colombo. A AMC foi representada por Andrea da Silva e a FIESC por Rosana Baron Zimmer Mendes.

Atualmente, aqui no Estado, além do TJSC, FIESC e da AMC, integram o programa a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio), a Associação Catarinense de Medicina, a Fundação de Estudos Superiores de Administração e Gerência (FESAG), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) - Administração Regional de Santa Catarina, o Centro de Integração Empresa-Escola do Estado de Santa Catarina (CIEE/SC) e o Serviço Social do Comércio - SESC/Fecomércio.

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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