Voltar Desembargador Medeiros destaca legado do planejamento ao se despedir da Corregedoria
O desembargador Luiz Cézar Medeiros, prestes a completar seu mandato à frente da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), tem certeza que, mais do que uma decisão interlocutória, prolatou uma sentença de mérito ao introduzir o conceito de planejamento estratégico na definição dos rumos daquele órgão. "Entendo o planejamento como essencial para a consecução dos objetivos, por meio da implantação de uma filosofia de trabalho por todos compreendida", define, ao ressaltar ainda o comprometimento geral de sua equipe, fator preponderante para o sucesso de qualquer iniciativa.
 
O magistrado explica que, a partir de um diagnóstico prévio, identificou a existência de múltiplas atividades na Corregedoria que careciam de maior coordenação e coadunação para alcançar o principal objetivo do órgão: melhorar o atendimento e os serviços no primeiro grau de jurisdição. Para isso, três eixos estratégicos foram estabelecidos, com viés de apoio, orientação e fiscalização/correição, exatamente nesta ordem de importância. "Promovemos já de início uma inversão conceitual ao priorizar apoio e orientação antes mesmo da atividade de fiscalização", destaca o corregedor.
 
E com forte apoio na informática, sempre considerada aliada de primeira hora, surgiu o projeto Aprimorar, a "menina dos olhos" da Corregedoria. Trata-se de um instrumento informatizado de gestão que oferece a magistrados e servidores a possibilidade de acompanhar, mensurar e gerenciar em tempo real a tramitação de feitos em todas as suas etapas, compará-la com as demais unidades no Estado e identificar eventuais gargalos para correção. Ele traz ainda experiências pretéritas que se revelaram exitosas no combate a problemas pontuais, que podem se repetir em outras varas e comarcas, e que por isso mesmo se transformaram em exemplos de boas práticas.
 
O projeto contempla em si dois dos três eixos da gestão, no sentido de orientar e dar apoio aos magistrados na obtenção de melhores resultados, traduzidos na qualidade da prestação jurisdicional. "Nunca é demais lembrar que nossos juízes são preparados para julgar, não necessariamente para gerir suas unidades, daí a importância de acompanhá-los e oferecer ferramentas que possam auxiliá-los nesta missão", acrescenta o corregedor-geral. A estrutura do órgão, dividido em cinco núcleos de atuação, foi mantida e aperfeiçoada com o estabelecimento de atribuições e responsabilidades bem delineadas.
 
Todos têm claro, todavia, que integram um só organismo e que sucessos ou fracassos acabarão compartilhados pela instituição. Com a participação dos principais gestores, a CGJ elaborou neste período um conjunto de 58 projetos e ações estruturantes, organizados e distribuídos com base nos objetivos estratégicos, todos executados ou concluídos no período. Obra acabada? O corregedor-geral crê piamente que não, e parafraseia o estadista inglês Winston Churchill: "Não é o fim, nem mesmo o começo do fim. Talvez seja o fim do começo". 
Imagens: Arquivo/Assessoria de Imprensa TJSC
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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