Dois réus são condenados por homicídio em guerra entre facções rivais no oeste de SC - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
- Crime Organizado
Dois homens foram condenados em sessão do Tribunal do Júri da comarca de Chapecó pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, cárcere privado e associação criminosa armada. Um deles recebeu pena de 29 anos de reclusão; o outro teve pena fixada em 14 anos de prisão, ambos em regime fechado.
Eles não terão o direito de recorrer em liberdade e logo após o encerramento dos trabalhos retornaram ao complexo prisional onde aguardavam pelo julgamento. Foram mais de 12 horas de oitiva de testemunhas, dos réus, e debates entre acusação e defesa, sob a presidência do juiz Jeferson Osvaldo Vieira.
Os crimes pelos quais respondiam ocorreram na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2017. Naquela oportunidade, um homem foi morto na saída de um baile em Cordilheira Alta. De acordo com a denúncia, a vítima falou em alto e bom som que era integrante de uma facção criminosa rival daquela que os acusados integravam.
Esse foi o motivo de sua morte. Uma mulher que acompanhava a vítima na ocasião e assistiu ao crime foi levada, no próprio carro, a uma residência no bairro São Pedro, em Chapecó. Lá teria ocorrido o "tribunal do crime". Os dois réus agora condenados - mais três comparsas julgados anteriormente e igualmente apenados - decidiram pela morte da mulher, já que era testemunha ocular do homicídio do companheiro.
Ela então foi levada pelo grupo, no mesmo carro, até uma rodovia próxima, onde recebeu diversos disparos. Ela se fez de morta para, logo após a saída dos algozes, pedir e obter ajuda de transeuntes. E sobreviveu para contar a história. O processo tramitou em segredo de justiça. O júri popular ocorreu no último dia 6 de março.
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)