Em visita à Microsoft, corregedor do TJSC destaca projeto para anonimização de juízes  - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Em visita à Microsoft, corregedor do TJSC destaca projeto para anonimização de juízes 

Vara Estadual de Organizações Criminosas utilizará inteligência artificial 

19 Maio 2025 | 17h31min
  • Inovação

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, participou da missão técnica do Poder Judiciário brasileiro, de 30 de abril a 2 de maio, ao Executive Briefing Center da Microsoft, na cidade de Redmond, nos Estados Unidos (EUA). Na ocasião, compartilhou experiências no uso de inteligência artificial (IA) para audiências sigilosas em julgamentos criminais e o projeto que garante mais segurança com a anonimização dos magistrados e magistradas na Vara Estadual de Organizações Criminosas.

A missão técnica foi organizada pela Microsoft Brasil, em parceria com o Copedem (Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura), com o objetivo de aprofundar o diálogo sobre a adoção responsável de IA no Poder Judiciário brasileiro. O evento reuniu cerca de 30 autoridades entre magistrados, dirigentes de tribunais estaduais e federais e representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Senado Federal e da Escola Nacional da Magistratura (ENM).

A iniciativa está alinhada às diretrizes do Plano Nacional do Poder Judiciário, com foco em inovação, segurança, acessibilidade e eficiência na prestação jurisdicional. A programação foi estruturada para atender às necessidades estratégicas do Judiciário, ao promover o intercâmbio de experiências e o conhecimento de soluções tecnológicas aplicáveis ao contexto judicial brasileiro. No TJSC, a tecnologia inovadora será utilizada em todas as salas de audiência e, principalmente, na Vara Estadual de Organizações Criminosas.

“Para a segurança e tranquilidade dos magistrados, toda decisão judicial e todo trabalho de secretaria serão anônimos na unidade do crime organizado. Para isso foi criado um sistema no Teams, desenvolvido pela Microsoft, pelo qual, quando o magistrado presidir uma audiência, haverá distorção facial e do som da voz do juiz, para que não seja possível identificar se é homem ou mulher e as características pessoais que todos possuímos”, explicou o corregedor, que palestrou no terceiro dia do evento.

Além de impedir a identificação de juízes e juízas pela imagem e pelo som, a nova tecnologia desenvolvida fará o reconhecimento facial de testemunhas. A inteligência artificial do novo sistema ainda será capaz de degravar as audiências, com transcrição literal em texto do conteúdo em áudio ou vídeo. De acordo com o corregedor-geral da Justiça, a figura do "juiz sem rosto" foi criada há anos no Peru e trouxe resultados positivos. 

Imagens: Divulgação/Microsoft
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa

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