Entre a toga e as mamadeiras: pai e mãe magistrados falam da dedicação às filhas - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Entre a toga e as mamadeiras: pai e mãe magistrados falam da dedicação às filhas
11 Outubro 2021 | 16h49min
  • Comarcas

O dia 12 de outubro marca duas datas comemorativas de relevância. O Dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, divide o calendário com o Dia das Crianças. O juiz Jeferson Osvaldo Vieira, titular da 1ª Vara Criminal da comarca de Chapecó, e sua esposa, a também juíza Marciana Fabris, titular da 1ª Vara da comarca de Xaxim, ressignificaram a efeméride recentemente com a chegada das filhas. E desde então passaram a viver os desafios e os prazeres da vida em família.

Há três anos, com a chegada da segunda filha, o casal atravessou situação de extenso desgaste físico. O magistrado conta que Maysa acordava várias vezes durante a noite. E as atividades diurnas - inclusive com a primogênita, Maria Fernanda, hoje com cinco anos de idade, em casa por conta da pandemia - se tornaram um grande desafio.

“Felizmente conseguimos superar e agora é muito prazeroso vivenciar a linda relação de irmandade que as duas nutrem e os aprendizados diários de ambas”, conta. A demanda das pequenas, que não é pouca, é encaixada na rotina dos juízes que conseguem atender o trabalho nos dois fóruns e, ainda, as necessidades das meninas.

“Não é fácil conciliar as atividades na magistratura com a necessidade de dedicar um tempo diário às filhas, mas procuro dar-lhes atenção no início da manhã e também após retornar do trabalho, às 19 horas. Marciana e eu temos rotinas profissionais bem parecidas, mas conseguimos organizá-las de modo a termos uma cooperação mútua para levar as filhas à escola, consultas médicas e outras atividades cotidianas. Nos finais de semana, felizmente, consigo dar atenção às filhas durante todo o dia.”

Durante a semana, a juíza Marciana é responsável por processos cíveis e da área de família na comarca de Xaxim, distante 27 quilômetros de Chapecó. Já Jeferson trabalha com crimes como roubos, estupros, tráfico de drogas, e ainda preside as sessões do Tribunal do Júri. O que será mais desafiante: a magistratura ou o dia a dia das meninas?

“Essa pergunta é difícil [risos]! Ambas as atividades, para serem bem desempenhadas, exigem dedicação, serenidade e muita responsabilidade. Por outro lado, as duas também proporcionam uma realização pessoal muito grande: o sentimento de fazer justiça e o de ser uma figura presente na vida dos filhos. Mas ainda considero as funções de juiz mais difíceis. O nível de exigência é maior. Temos que conviver com críticas injustas que, muitas vezes, recebemos por parte de pessoas que não conhecem nossa realidade. O risco existente e o volume excessivo de trabalho tornam essa atividade deveras complicada. Mas é uma profissão que assumimos com gratidão e não haveremos de esmorecer”, garante.

Apesar de muito pequenas, Maria Fernanda e Maysa receberam o presente que toda criança deveria ter: pais dedicados que fazem e trabalham pela segurança e felicidade delas. Porque a maior alegria de um pai e de uma mãe é ver o filho feliz. “Entendo que é imprescindível a participação dos pais no dia a dia dos filhos, pois dependem disso para um desenvolvimento emocional pleno. Precisam se sentir amados, protegidos, e receber as orientações necessárias para evolução do aprendizado e, sobretudo, para que construam uma personalidade voltada ao respeito ao semelhante”. E, assim, com crianças melhores, o mundo poderá ser diferente.​

Imagens: Divulgação/Pixabay
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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