Voltar Especialistas internacionais apontam justiça restaurativa como opção mais humanizada

"Nós devemos reconhecer que nos conflitos sociais não há uma bala certeira. Eles são multidirecionais e precisam de uma ação conjunta para seu combate". Foi desta forma que a norte-americana Janet Murdock, especialista com passagem pela United Nations Development Programme (UNDP), órgão sediado em Nova Iorque e ligado à ONU, posicionou-se na mesa do seminário internacional sobre a "Justiça Restaurativa em Debate: Fundamentos e Experiências".

Depois da Justiça subir ao antigo morro da Caixa e realizar os dois primeiros dias do evento na comunidade de Mont Serrat, hoje (13/11) os trabalhos acontecem no Tribunal de Justiça e trazem experiências internacionais sobre o tema. O professor e pesquisador americano Jared Ordway ressaltou que o trabalho precisa de uma visão ampla, somada ao pensamento das instituições e comunidade, e não restrita somente ao fato: "Pensar em Justiça Restaurativa requer um contexto. Precisamos reorientar nossas teorias, mas essa troca não vem só da academia; vem da comunidade, do Estado, do Tribunal."

No mesmo âmbito, o canadense Sèrge Charbonneau, diretor do Grupamento de Organizações de Justiça Alternativa de Quebec (Rojac), entende que a literatura de seu país acrescenta ao debate, mas é necessário reestabelecer a equidade no tratamento das vítimas de tragédias. "As teorias são perfeitas, mas as práticas, nem tanto", diz o diretor. A palestra, coordenada pelo padre Vilson Groh, teve também a participação do juiz-corregedor do Núcleo V (Direitos Humanos) da Corregedoria-Geral da Justiça, Alexandre Karazawa Takaschima, que mediou o debate. A programação continua no período da tarde, e o encerramento está previsto para as 16h30min.

Imagens: Guilherme Wolff/Assessoria de Imprensa
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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