Investigação localiza R$ 1,1 milhão com mandado expedido por Vara Criminal da Capital - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

A atuação da Polícia Civil na Operação Network, que culminou na prisão de mais de 50 investigados na última quinta-feira (25/6) e na apreensão de R$ 1,1 milhão nesta sexta (26), teve seus mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela Vara Criminal da Região Metropolitana de Florianópolis, sob a titularidade do juiz Elleston Lissandro Canali. Também foram deferidos a quebra de sigilo de dados dos investigados e o compartilhamento de provas. De acordo com os autos, os investigados integram uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e outros crimes graves, como roubos e homicídios.

Na decisão em que decretou a prisão temporária de 83 suspeitos e buscas em 57 imóveis, o juiz Elleston Canali destacou a constatação de que a atuação do grupo é sustentada pelo tráfico de drogas, com informações de que endereços residenciais eram utilizados para esconder entorpecentes e armas pertencentes à facção. Cinco períodos de interceptações telefônicas autorizadas pela Vara Criminal da Região Metropolitana de Florianópolis permitiram que a polícia avançasse nas investigações.

"Ao que tudo indica, os representados estão amplamente envolvidos em tal contexto criminoso, circunstância que só poderá ser mais bem esclarecida se deferida a medida pleiteada, justificando o expediente excepcional em viabilização direta da investigação criminal, a qual não tem outra função senão a tutela da ordem pública, já tão maculada pela reiterada e disseminada prática da comercialização de substâncias entorpecentes", escreveu o magistrado no despacho que decretou as prisões.

As prisões temporárias cumpridas nesta quinta têm prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, desde que comprovada a necessidade. A ação desta sexta-feira, que resultou na apreensão de R$ 1,1 milhão em um imóvel de São José, teve origem em um novo mandado de busca, expedido na quinta-feira. Conforme a representação da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, imagens do circuito interno de segurança mostraram um indivíduo, que seria integrante da mesma organização, deixando uma mala e caixas no local onde os valores foram encontrados. A investigação está em sigilo por conter informações relacionadas a interceptações telefônicas.