Itajaí busca voluntários para transformar a vida de crianças e adolescentes em acolhimento - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Projeto de Apadrinhamento oferece diferentes formas de apoio
- Infância e Juventude
Ser padrinho ou madrinha é mais do que doar tempo, serviço ou recursos — é construir pontes de afeto, oferecer estabilidade emocional e mostrar a uma criança ou adolescente em acolhimento institucional que ela importa. Esse gesto pode se traduzir em uma visita regular, uma conversa afetuosa, um curso financiado ou um atendimento voluntário. Em qualquer uma das três modalidades de apadrinhamento — afetivo, provedor ou prestador de serviços — há a oportunidade de impactar diretamente a vida de quem vive longe da família de origem.
É com esse espírito que a Vara da Infância, Juventude e Anexos da comarca de Itajaí mantém, desde 2021, o Projeto de Apadrinhamento. A iniciativa foi tema de uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (27/5), realizada no salão do júri do fórum de Itajaí, com a participação do juiz Fernando Machado Carboni e da promotora de Justiça Chimelly Louise de Resenes Marcon, da 4ª Promotoria de Justiça. O objetivo foi sensibilizar a sociedade e divulgar a necessidade urgente de novos voluntários para 12 crianças e adolescentes acolhidos no município.
“O mais importante de tudo é ter disponibilidade de tempo para convivência e participação com o afilhado”, afirmou o magistrado, destacando que o programa é voltado principalmente a adolescentes, crianças com mais de oito anos, jovens com necessidades especiais moderadas ou graves e grupos de irmãos com vínculos afetivos fortes.
No apadrinhamento afetivo, os voluntários constroem uma relação próxima com a criança ou adolescente, com visitas regulares e momentos compartilhados — como fins de semana e feriados —, criando laços de confiança e pertencimento. Já no modelo prestador de serviços, padrinhos ou madrinhas — pessoas físicas ou jurídicas — colaboram com seu conhecimento técnico em demandas específicas, como reforço escolar, atendimento psicológico ou oficinas culturais. Na modalidade provedor, o apoio é material ou financeiro: doações de itens essenciais, patrocínio de cursos ou auxílio com despesas pontuais.
Para participar, é necessário ter mais de 18 anos, respeitar a diferença mínima de 16 anos entre padrinho e afilhado, não estar inscrito na fila de adoção e passar por um processo de habilitação com acompanhamento da equipe técnica da vara. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (47) 3261-9474 ou pelo e-mail itajai.social@tjsc.jus.br .
Como resume o juiz Fernando: “O principal objetivo é assegurar esse direito de convivência familiar fora do acolhimento, que amplia os vínculos afetivos e sociais, além de ajudar na autoestima e até no desempenho escolar de crianças e adolescentes”.