Judiciário de SC abre consulta pública para elaborar planejamento estratégico 2021/2026 - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

Qual Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) imaginamos para daqui a cinco ou 10 anos? Para responder a essa pergunta, o Judiciário catarinense abriu consulta pública a fim de ouvir magistrados, servidores, operadores do direito e sociedade em geral na Jornada Estratégica 2021/2026. Durante o programa Palavra do Presidente - Ao Vivo, nesta quinta-feira (22), o dirigente máximo do PJSC, desembargador Ricardo Roesler, anotou que o objetivo é melhorar e fortalecer a prestação jurisdicional com a participação de todos. O formulário, que é preenchido de forma anônima, pode ser acessado neste link.

Inicialmente, o presidente do PJSC externou sentimentos de pesar a todas as pessoas que perderam um ente querido pela pandemia da Covid-19 e desejou restabelecimento pleno aos que continuam em tratamento. "A Jornada Estratégica é o caminho, o rumo e o trilho que vamos adotar para melhorar e fortalecer o Poder Judiciário. Com a pandemia, tivemos que mudar o planejamento estratégico do ano passado e deste ano. Trabalhamos na saúde das pessoas e na saúde financeira do Tribunal. Agora, precisamos traçar as diretrizes para os próximos cinco, 10 anos. Contamos com a contribuição de todos, porque somos o Poder Judiciário de Santa Catarina", convidou o desembargador presidente.

O juiz auxiliar da Presidência Romano José Enzweiler lembrou que a iniciativa é uma oportunidade de ressignificar o trabalho de magistrados e magistradas, além dos servidores e servidoras. Ele destacou que o momento é de ouvir para compreender. "É a oportunidade de abrir corações e mentes, ouvindo a todos os envolvidos, para encontrar o modelo mais adequado ao Judiciário catarinense. Precisamos transformar os dados em conhecimento, para que possamos desenvolver políticas públicas no âmbito do Judiciário. A inteligência artificial está em debate, por exemplo. Ela não irá substituir os colaboradores, mas poderá contribuir nas rotinas repetitivas", explicou o magistrado.

Para o assessor do Gabinete da Presidência Cleon Bassani Ribas, a hora é de experimentação. "É o momento de identificar as necessidades do nosso público para atendê-las. Com a ampliação da base de dados, a nossa intenção é ouvir todas as possibilidades para o aprimoramento dos serviços prestados. Assim, queremos saber da necessidade de novas ferramentas ou do aperfeiçoamento de algumas, por exemplo. Quem vai dar as respostas são os servidores (servidoras) e os magistrados (magistradas)", destacou.

O assessor da Asplan (Assessoria de Planejamento) Rafael Ulguim da Rosa Oliveira explicou que a Jornada Estratégica 2021/2026 tem duas grandes frentes de trabalho: os grupos temáticos e a consulta pública. Os grupos temáticos representam alguns temas que são debatidos em consonância com os objetivos estratégicos. "A consulta pública foi a forma que entendemos para que todos possam participar da elaboração das diretrizes futuras", informou.

Marcos Leon Bianchi, assessor do Gabinete da Presidência, ressaltou que o planejamento estratégico precisa obedecer à missão, visão e valores do Judiciário. "Trabalhamos com grupos temáticos com grande representatividade. Além de representantes da Presidência, da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) e da Asplan, também incluímos as diretorias, os núcleos ou as coordenadorias que têm relação com o assunto em debate. A intenção é encontrar como colocar em prática os objetivos estratégicos. Isso porque um debate sobre infraestrutura é algo bem maior do que um prédio, porque podemos também fazer referência às redes de tecnologia da informação. A transformação digital que estamos vivenciando também passa por uma mudança cultural", observou.

Por fim, o analista jurídico da CGJ Ramon de Quadros Costa comentou o grupo temático sobre prestação jurisdicional. Ele anotou que a atividade da Justiça consiste em muitos pequenos serviços. "Debatemos o Judiciário para os próximos anos. Como a Justiça estará daqui a cinco, 10 anos? É possível aumentar a produtividade com os recursos disponíveis? Como a inteligência artificial e a automação poderão nos auxiliar? Para desenvolver os macrodesafios, precisamos do apoio de todos a fim de construir o Judiciário que queremos", concluiu.