Julgamento do PGC, com 78 apelantes, tem início no auditório do Tribunal de Justiça - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

A desembargadora Marli Mosimann deu início nesta manhã, às 9h18min, ao maior julgamento de toda a história secular do Tribunal de Justiça. Foi nesse horário que ela abriu os trabalhos da sessão da 1ª Câmara Criminal do TJ, que sob sua presidência é responsável pela análise das apelações interpostas por 78 dos 80 réus apontados como integrantes da facção criminosa PGC - Primeiro Grupo Catarinense, condenados em primeiro grau pela série de atentados registrados no Estado nos anos de 2012 e 2013. As penas, somadas, alcançaram 1.031 anos.

Pela magnitude do julgamento, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Cézar Medeiros, estiveram presentes no início da sessão. Em pouco mais de uma hora, a desembargadora promoveu a leitura do relatório do caso para, na sequência, abrir espaço aos advogados que se inscreveram para promover sustentação oral, para a qual cada defensor tem 20 minutos disponíveis, acrescidos de outros cinco por cliente representado.

A expectativa é de que essa fase tenha duração aproximada de quatro horas. Em geral, as defesas sustentam questões preliminares, como a inépcia da ação e a ausência de individualização das condutas na denúncia ofertada pelo Ministério Público, assim como atacam o mérito das condenações, para eles baseadas unicamente em delações de um sentenciado que nem sequer pertencia à organização criminosa ao tempo dos atentados.

Ao final, a desembargadora Marli proferirá seu voto e aguardará o posicionamento dos outros dois integrantes da câmara, os desembargadores Paulo Roberto Sartorato e Luis César Schweitzer. Não há previsão para a conclusão dos trabalhos, que podem se estender até esta sexta-feira (4/12).