Voltar No dia do Oficial de Justiça, conheça um pouco da atividade de quem leva a Justiça às ruas

O Dia Nacional do Oficial de Justiça é comemorado nesta segunda, dia 25 de março. A data foi instituída em 2015 (Lei nº 13.157/2015) para reverenciar os profissionais que atuam no Poder Judiciário. Em Santa Catarina, a Justiça conta a atuação de 782 distribuídos em 112 comarcas. São servidores dotados de fé pública responsáveis por realizar pessoalmente, por meio de diligências, as determinações constantes dos processos. Também podem fazer avaliações, certificar ações processuais e efetuar intimações, além de auxiliar na realização de sessões de julgamento e júri popular. Conheça histórias que é conhecido como os porta-vozes da Justiça nas ruas.

 Gledis Mari Schumacher
 

Atuante há duas décadas e meia, Gledis Mari Schumacher é a oficiala de justiça com mais tempo de serviços prestados na Comarca de Lages em atividade. Ela começou aos 23 anos. Conta que sua rotina e do marido, Gerson Martins Pereira, também oficial de justiça, começa cedo. Antes das 7h os dois já estão na rua. Estratégia adotada para driblar o trânsito e conseguir encontrar as pessoas em casa, antes delas saírem para a rotina de trabalho.

Em casa, diz que tem mandados por todos os cantos. “Trabalho e vida pessoal se misturam. Tem o lado positivo que é o do auxílio. Um ajuda o outro e é compensador pelos bons resultados que a gente tem no trabalho”. Glades define a profissão como os olhos e as mãos do juiz lá no bairro, no interior, na casa da pessoa, quando realizam os atos. “É uma profissão muito gostosa. Desafiadora no seu dia a dia, mas encantadora também. A gente não tem uma rotina. Sou muito feliz sendo oficiala de justiça”, afirma ao reforçar que escolheria a mesma profissão.

Emerson Welzel
 

Há mais de duas décadas como oficial de Justiça na comarca de Blumenau - em junho serão 23 anos de atuação no PJSC -, o comunicativo e carismático Emerson Welzel, de 51 anos, compartilha com empolgação o ofício que desempenha ao lado de seus 40 colegas no Fórum Central e nas ruas de Blumenau. Entusiasta da profissão, ele conta sentir-se plenamente realizado profissionalmente, muitas vezes sendo um pouco “psicólogo” das partes, que compartilham suas angústias, dúvidas e histórias no dia a dia.

“Um colega de profissão já aposentado dizia que quando estava em diligências, não estava trabalhando, estava fazendo Justiça. Então, é basicamente isso que a gente faz quando está cumprindo um mandado. A gente transforma uma decisão, um despacho, uma ordem, que está apenas lá nos autos, a gente materializa isso e faz aquela ordem que estava no papel, virar realidade”, menciona com orgulho da função.

Margarete de Cassia Dias
 

Há 37 anos no Poder Judiciário de Santa Catarina, sendo 33 como oficiala de justiça, Margarete de Cassia Dias é a mulher mais antiga no exercício do cargo, na comarca de Joinville. Pelo seu tempo de serviço, a profissional já poderia requerer a aposentadoria, mas ainda sente que tem uma jornada a cumprir com o trabalho nas ruas em contato direto com os cidadãos e com a justiça. Ela garante que se começasse hoje, escolheria a mesma profissão, com um dia a dia sem rotina fixa e muitas histórias marcantes.

“Em todo este tempo, vivi experiências que rendem um livro, porém algumas ficaram guardadas, duas em especial. A primeira, logo no início de minha carreira, o despejo de uma família. E mais recentemente um afastamento do lar, envolvendo violência doméstica. Nestes momentos é preciso focar em um bom preparo psicológico, pois não tem como separar o humano do profissional. Esta é a recomendação que passo a quem está começando. Não deixe a saúde emocional de lado. Quando iniciei, relembro que não tinha preparo psicológico para lidar com o dia a dia puxado da profissão, que faz com que nos deparemos com muitas situações difíceis no cumprimento de atos sensíveis e muitas vezes, com o sofrimento das pessoas. Então, meu conselho é que o colega busque ter paciência e inteligência emocional para separar a sua vida pessoal da profissional. Saúde mental é uma pauta que não deve ficar de lado”.

Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
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