Voltar No Dia Mundial do Doador de Sangue, DS incentiva e celebra ato solidário que salva vidas 

Um ato simples, tranquilo, seguro e que pode salvar vidas. A única ação que pode se enquadrar nessas características é a celebrada nesta quarta-feira (14/6), a doação de sangue. Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), através de sua Diretoria de Saúde (DS), incentiva o público interno e externo a, quando possível, doar, convidar amigos e familiares e também divulgar essa necessidade. A campanha traz ainda relatos de servidores e servidoras que praticam sua solidariedade ao doar sangue, além de publicação especial no Instagram do TJSC com o selo @saudeinforma.

De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, os hemocentros teriam hemocomponentes suficientes para atender toda a população. A doação de sangue é a única forma de atender a quem precisa para tratamento ou intervenção médica, como em casos de acidentes, cirurgias e queimaduras que exigem transfusão, assim como para tratamento de hemofilia, leucemia e anemias. O sangue não se fabrica artificialmente, é um tecido vivo e essencial à vida. No dia de hoje, segundo o site do Hemosc, a maioria dos tipos sanguíneos está com estoque adequado (B+ e AB+) ou estável (A+, B-, AB-  e O+), com exceção do O-, tipo considerado “doador universal”, que está em alerta, e A-, em estoque reduzido. 

Uma atitude altruísta, de cidadania e amor é como pode ser definido o ato de doar sangue. Heróis e heroínas que, de forma espontânea, salvam vidas e fazem a diferença para muitas pessoas. Como bons heróis que seguem no anonimato, muitos dos servidores que contam suas histórias nesta matéria não têm sequer uma foto sua em doação. Parece que só pensaram e pensam em fazer o bem através de cada doação. E que ato é maior do que doar, literalmente, uma parte de si? Destaca-se que a quantidade doada (450 ml) é reposta rapidamente pelo organismo.

Conheça abaixo algumas histórias, muitas sem fotos durante a doação, mas com muita convicção de que fazem a diferença:

Campanhas que dão resultado 

O servidor Luciano de Souza, do cartório da 1ª Vara de Imbituba, é um desses exemplos. Doador há mais de 13 anos e contabilizando mais de 40 doações, ele acredita que iniciou sua jornada como doador motivado por campanhas de doação de sangue na TV. Agora é seu depoimento que integra esta campanha e que pode motivar mais pessoas. “Um bem-estar muito grande saber que posso contribuir para que alguém continue uma batalha pela vida”, é como define os sentimentos que a doação proporciona. Luciano já incentivou e conseguiu captar novos doadores, mas não sabe mensurar quantos. Sobre o dia de hoje (14/6), afirma que é um dia especial em que as campanhas para atrair novos doadores se intensificam, “mostrando que um pequeno gesto pode fazer muita diferença na vida de alguém”.

Solidariedade contagiante


 

A admiração pelo ato de doar sangue chegou cedo na vida do técnico judiciário auxiliar Thiago Gottardi, lotado na comarca de Abelardo Luz, no Oeste. Na infância, ele acompanhava a tia Aurora nas doações. “Ela falava que era muito importante, pois era algo que nem mesmo o dinheiro poderia comprar”, lembra hoje, aos 31 anos de idade. Desde que atingiu a maioridade até agora foram no mínimo 12 doações. Atitude que também contagiou amigos que perpetuam na solidariedade. “Doar sangue é um ato de amor e compaixão ao próximo. Penso que é o que há de mais democrático, pois não importa se você é rico, pobre, sua religião ou cor, nem se está doando ou recebendo. O que move a doação é um senso de coletividade, de pertencimento a algo maior. Se você puder doar sangue, doe! A sensação de estar ajudando alguém que está necessitado é única. Somente doando você será capaz de compreender”, compartilha. 

Doar sangue é prova de amor à vida


 

Foi em 2006 que o técnico judiciário auxiliar da comarca de Blumenau Jean Carlos Glück tornou-se um doador de sangue. Tudo começou quando um de seus irmãos, o Klaus, foi acometido por um câncer. Como não podia dividir a dor com ele, Jean decidiu doar seu sangue, A+. Naquele ano, o hemocentro funcionava anexo ao Hospital Santa Isabel, e só depois, em 2010, a cidade inaugurou o Hemosc, aonde o servidor vai entre três e quatro vezes por ano. 

Além de ser um assíduo doador de sangue - Jean já realizou mais de 35 doações -, ele também é doador de medula. “Meu irmão precisou durante as cirurgias. Ele partiu, mas o desejo de servir e ser útil de alguma forma me fez continuar até hoje.” Para o servidor, doar sangue é uma forma de servir, de dar um pouco da própria vida a alguém, sem perder nada com isso. “Jesus ensinou, em João 15:13, que a maior prova de amor é dar a vida pelos amigos. E a Bíblia ainda ensina, em Levítico 17:11, que a vida está no sangue”, cita, ao incentivar quem ainda não é doador.

Doador desde os 18 anos de idade 

Ao atingir a maioridade em 2003, Vinícius Rech, técnico judiciário auxiliar da comarca de Porto União, no norte do Estado, doou sangue pela primeira vez para ajudar vítimas de um acidente de trânsito que precisavam naquele momento. Porém, transcorrido o episódio, a doação virou um hábito. Para isso, ele percorre cerca de 90 km até o hemocentro mais próximo de sua residência.

“Por que não doar? É um ato simples em prol de quem necessita restabelecer sua saúde. Quando doei a primeira vez, pensei em ajudar as vítimas de acidentes de trânsito, depois aprendi as diversas outras finalidades do sangue doado e a quantidade de pessoas que são beneficiadas em uma única doação, e nunca mais parei”, conclui.

Doar está no sangue de Mérolen há 26 anos 


 

A primeira doação de sangue que a servidora Mérolen Paula Marcon, da comarca de Lages, fez foi por necessidade. Há 26 anos, um tio passou por cirurgia e ela, o pai e o irmão prontamente se dispuseram a ajudar. “Naquela época, a gente não tinha muita informação sobre o que era e como era feita uma doação de sangue. Na minha cabeça, tinha que colocar uma agulha no meu braço e outra no de quem fosse receber. Felizmente, hoje sabemos que não é bem assim”, recorda. 

Depois da situação com o familiar, Mérolen descobriu que poderia ser voluntária. Ela incentivou o marido a doar e é velha conhecida do pessoal do Hemosc em Lages. “Não tem razão para não fazer a doação. É algo que está disponível. Minha única preocupação é estar bem para poder ajudar.” Olhando os registros das vezes em que doou, a servidora, que também é doadora de medula, fala sobre os benefícios da ação. “Além de muito satisfatório, não traz prejuízos. Pelo contrário, é possível ter meia-entrada em eventos, isenção da taxa de inscrição em concursos públicos, e ainda tem um lanchinho no dia da doação”, brinca ao destacar o último benefício. Com seriedade, ela diz que o ato deixa o coração quentinho.

'O esforço necessário para ajudar mais uma vez'


 

O chefe da Divisão de Desenvolvimento de Pessoas (DGP), Marcelo Dias e Silva, é doador desde 2004, e sua última doação foi no início deste mês, em 1º de junho. “No total, já foram 40 doações.” A chance de ajudar a salvar vidas foi uma das motivações para iniciar a trajetória como doador. “A possibilidade de, com um simples gesto, ajudar pessoas que estão precisando.”

Motivado pelo sentimento de solidariedade que a doação lhe proporciona, o servidor faz uma programação para realizar suas doações periódicas. “Às vezes não consigo cumpri-la como planejado, mas sempre que ouço uma notícia ou uma campanha estimulando a doação, faço o esforço necessário para ajudar mais uma vez”, afirma. Sobre o dia que celebra os doadores de sangue, acredita que tem como objetivo principal sensibilizar potenciais doadores sobre a importância da doação, mas também “lembrar aqueles que já doam de que pode estar na hora de contribuir novamente”.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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