Voltar Palestras sobre nutrição, sexualidade e desafios cotidianos dão início à campanha Março é Delas

palestras Campanha Março é Delas
 

É uma contradição: nunca na história o acesso à informação foi tão fácil, disponível para qualquer pessoa conectada à internet. Ao mesmo tempo, ainda há muito desconhecimento, sustentado por tabus e preconceitos. Foi esse o tom das três palestras que abriram a campanha Março é Delas na quinta-feira (7/3), no auditório Thereza Tang, no TJSC.  A terapeuta Bernardete Panceri, a médica Jussara Locatelli e a sexóloga Rita Rostirolla falaram, cada qual sob um aspecto diferente, sobre a saúde da mulher.
 
Organizado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) e Academia Judicial, o evento deu início a uma série de atividades que serão realizadas ao longo de março, tendo como mote o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8).  

Campanha Março é Delas

 
Na mesa de abertura, a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, responsável pela Cevid, explicou que a missão da Coordenadoria, por meio de diversos projetos, é a prevenção da violência - algo cada vez mais necessário e urgente diante de uma estatística trágica: quatro mulheres são vítimas de feminicídio por mês em Santa Catarina. 

Março é Delas
 

A 3ª vice-presidente do TJSC, desembargadora Janice Goulart Garcia Ubialli, ressaltou  que o evento, além de uma celebração, “é um espaço para aprender, inspirar e fortalecer os laços que unem as mulheres na busca por um mundo mais justo e mais inclusivo”. Ao lado de Hildemar e Janice, compuseram a mesa de abertura o corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, e o juiz Romano José Enzweiler. 

Autoconhecimento 

Bernardete Panceri
 

A terapeuta Bernardete Panceri, tendo como base a física quântica, descortinou o conceito de alimento e deu dicas de como atingir uma vida saudável a partir da nutrição. “Alimentos são informações que nos nutrem, por isso é importante fazer escolhas conscientes e superar, quando necessário, hábitos arraigados”. 

Para Bernardete, é um erro separar corpo, mente e espírito porque eles estão interligados e fazem parte do mesmo sistema. Pequenas mudanças, segundo ela, podem fazer grandes diferenças, desde que feitas de forma contínua.

médica Jussara Locatelli
 

Já a médica Jussara Locatelli fez um breve histórico de como a sexualidade era vista no passado e como é vista hoje. Antes e durante séculos, “a sexualidade era a expressão de baixos instintos, um mal necessário, uma fonte de culpa e garantia de castigo”. Nas últimas décadas, segundo ela, houve uma mudança de paradigma. “Saímos da repressão e migramos para a ditadura do prazer a qualquer custo”, afirmou. 

Por isso, tanto no passado quanto no presente, ainda é um desafio alcançar e conservar a saúde sexual, por ela definida como estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. Para Jussara, o êxito no exercício da sexualidade pressupõe um bom padrão de conhecimento sobre o assunto, amadurecimento físico e mental, intimidade com o parceiro, hábitos saudáveis de vida e saúde geral preservada.   

sexóloga Rita Rostirolla
 

A última exposição da tarde foi ministrada pela sexóloga Rita Rostirolla. Com a experiência de quem profere palestras sobre sexualidade desde 1996, ela falou com descontração e bom humor a respeito de temas importantes, como machismo, repressão e banalização do sexo e da mulher.  

atividades Março é Delas
 

“Quando comecei a falar publicamente sobre o assunto, meu público queria dicas de como satisfazer o parceiro. Hoje, as mulheres querem informação, buscam o autoconhecimento, e isso é um enorme avanço e mostra que estamos indo na direção correta”, concluiu.     

No intervalo, entre a segunda e a terceira palestra, sob o comando de Vanessa Zomer Fenili, chefe da Seção de Ergonomia, houve uma série de alongamentos. O público, composto de magistradas, servidoras, estagiárias e terceirizadas, lotou o auditório das 14 às 18h.

Capela Ecumênica iluminada em rosa
 

Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
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