Pereira, o homem que dirige a maior Seção do Poder Judiciário de Santa Catarina - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Pereira, o homem que dirige a maior Seção do Poder Judiciário de Santa Catarina
08 Abril 2022 | 15h45min
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Ele comanda 46 motoristas, cinco auxiliares diretos, gerencia os serviços da Central de Transporte e organiza a utilização dos 32 carros oficiais do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Pedro Manoel Pereira, 67 anos, nascido em Paulo Lopes e criado na Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, é o chefe da Seção de Gerenciamento da Frota, a maior da Corte. A segunda mais numerosa, para se ter uma ideia, é a Seção de Oficiais de Justiça, com 18 funcionários.   

Na parede de sua sala, 30 pranchetas penduradas e bem organizadas, com os papéis escritos à mão. “Embora eu use o computador, me acostumei a organizar as tarefas diárias desta forma e funciona bem”, diz com jeito tranquilo, fala pausada. Os horários do expediente e dos plantões de cada motorista, a ordem e o destino das viagens estão expostos ali, numa letra de quem se empenhou nas aulas de caligrafia. 

Avaiano apaixonado, católico não praticante, Pereira ingressou no Poder Judiciário em 1978, na gestão do presidente João de Borba. “Minha irmã trabalhava na casa dele, como doméstica, e pediu uma vaga para mim.” O magistrado aceitou, mas impôs a condição de que o rapaz continuasse os estudos. Condição aceita, Pereira trabalhou no almoxarifado fazendo tarefas diversas, depois prestou um concurso interno e assumiu a função de motorista, sonho acalentado desde cedo.   

Em 2013, assumiu o comando da seção. “O principal desafio é manter o pessoal coeso, isso não é fácil, é preciso jogo de cintura.” A equipe é formada por 48 homens e apenas três mulheres, das quais duas são motoristas e uma trabalha no serviço burocrático. “Minha sorte é que tenho uma equipe boa e preparada.”

O funcionário diz que o Tribunal mudou muito ao longo dos anos. Antigamente, segundo ele, parte dos magistrados era mais distante, quase inacessível. Hoje é um relacionamento mais direto, talvez até mais humano. “Semana passada, o presidente Blasi veio almoçar aqui conosco”, conta. “Isso seria impensável quando entrei na instituição.”   

Antes do TJ, vendeu laranja para ajudar nas despesas de casa, foi assistente de cozinha e garçom. Quando fez 18 anos, tirou carteira e foi motorista do tio, dono de uma empresa de pesca. Gostou, pegou o jeito, se sentiu bem no carro.  

Conhecido como Pereira no trabalho - ou seu Pereira para os mais novos -, ele é chamado de Pedro na família. Está no terceiro casamento - "e vai ser o último", garante. Tem dois filhos, já adultos, e duas irmãs mais novas. O pai, policial aposentado, está com 91 anos. A mãe, lavadeira, faleceu de diabetes aos 56 anos, em 1996. “Eles sempre foram um exemplo para mim, uma inspiração.” 

Pereira se considera uma pessoa realizada: “Tenho saúde, emprego, família e amigos; alguém precisa mais do que isso?”

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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