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Voltar SC forma facilitadores para grupos reflexivos com homens autores de violência doméstica 

Iniciativa da Cevid em parceria com a AJ e UFSC alia responsabilização à escuta e prevenção de novas violências 

09 Maio 2025 | 15h44min
  • Capacitação

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJSC, em conjunto com a Academia Judicial, promove neste mês mais uma etapa do curso prático para facilitadores de grupos reflexivos com homens autores de violência. A formação ocorre simultaneamente nas regiões sul (Araranguá) e oeste do Estado (Maravilha), com metodologia semipresencial, oficinas presenciais e encontros online.

Voltado a servidores e profissionais externos indicados pelas comarcas com competência para aplicação da Lei Maria da Penha, o curso tem 40 horas de duração e oferece uma abordagem centrada na prática da escuta, do acolhimento e da condução responsável dos grupos.

A iniciativa integra o Projeto Ágora, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e tem como base as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O curso se insere em uma política institucional de fortalecimento da rede de enfrentamento da violência contra as mulheres com uma meta clara: oferecer aos facilitadores ferramentas técnicas, metodológicas e reflexivas para lidar com os desafios concretos que surgem nos encontros com os autores de violência.

“A importância dos grupos reflexivos vai além da efetividade das medidas protetivas de urgência e da proteção das mulheres. É também uma ferramenta de prevenção, para que outras ações de violência não aconteçam”, afirma Roselene Silveira, integrante da Cevid. “O grupo é um espaço seguro para que os homens possam refletir e se responsabilizar acerca dos seus atos e comportamentos, em relação a si mesmos enquanto sujeitos e no exercício das suas masculinidades, que não precisam ser violentas.”

Durante o curso, os participantes realizam simulações de triagens, condução de sessões reflexivas, planejamento de temas e enfrentamento de resistências. “É uma formação potente por estar voltada aos desafios reais da facilitação. Conseguimos compartilhar formas de manejo e estruturar escutas mais especializadas”, avalia a professora Ana Carolina Maurício. Já o professor Bruno Freitas destaca a dimensão subjetiva do processo: “Para além de uma simulação, as dinâmicas suscitaram reflexões pessoais genuínas sobre a relação de cada um com os temas de gênero e violência”.

“Com essa formação, o TJSC dá mais um passo no aperfeiçoamento das políticas públicas de prevenção e responsabilização, promovendo um trabalho que olha para a complexidade da violência doméstica sem abrir mão da escuta, do acolhimento e da mudança”, afirma a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, coordenadora da Cevid. 

Imagens: Divulgação/Cevid-TJSC
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa

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