Servidora do Judiciário catarinense palestra em SP sobre acolhimento familiar - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Também integrou curso de extensão
26 Agosto 2015 | 15h43min
A assistente social da comarca de São Bento do Sul Isabel Bittencourt participou, na última semana, do "I Seminário Cuidados Alternativos para Crianças: Práticas para além do Acolhimento. Como Garantir a Convivência Familiar e Comunitária?", em Diadema, no Estado de São Paulo. Ela foi convidada a falar sobre o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora desenvolvido na comarca. "O evento foi marcado pelo diálogo, entre diferentes especialistas, acerca dos efeitos da institucionalização no desenvolvimento infantil e da importância dos cuidados em ambiente familiar", destacou Isabel.
Na sequência do evento, a assistente social integrou a banca examinadora dos trabalhos de conclusão do Curso de Extensão em Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, oferecido pela Faculdade Paulus de São Paulo. Este é o segundo ano em que a profissional é convidada pela instituição para avaliar os trabalhos dos alunos. Com ela atuou Jane Valente, referência internacional quando se fala em acolhimento familiar.
Em São Bento do Sul, o recebimento em família acolhedora é medida prioritária no atendimento de crianças e adolescentes afastados de sua família de origem, inclusive em relação ao acolhimento institucional, em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 34, §1º). Esse procedimento respeita as diretrizes das Nações Unidas de Cuidados Alternativos à Criança, que estabelece que crianças pequenas, sobretudo aquelas com menos de três anos, devem ser acolhidas em ambiente familiar.
O juiz da 2ª Vara da comarca de São Bento do Sul, com competência em Infância e Juventude, Edson Luiz de Oliveira, vai além e determina que crianças até sete anos sejam atendidas em família acolhedora. Para ele, a convivência familiar é essencial em qualquer momento da vida, e muito mais necessária nos momentos de vulnerabilidades, especialmente quando ocorrem os afastamentos do ambiente da família natural. O magistrado enfatizou que a institucionalização, por melhor que seja, não consegue transmitir essa essência familiar ou prestar o atendimento individualizado, também indispensável nesses difíceis momentos por que passam os acolhidos.
A comarca de São Bento do Sul tem sido referência em matéria de acolhimento familiar, contribuindo com outras comarcas de Santa Catarina e de outros Estados para a implantação do serviço e sua execução com qualidade.
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)