Voltar Servidores da comarca de Chapecó recebem orientações sobre saúde emocional e mental 

Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem Mike Emme, 17 anos, cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar com problemas emocionais semelhantes. A ideia acabou por desencadear um movimento de prevenção ao suicídio, e até hoje o símbolo da campanha é uma fita amarela - a cor representa a discussão durante o mês de setembro.

Em Chapecó, na última sexta-feira (29/9), servidores foram reunidos no Salão do Tribunal do Júri, no final da tarde, para falar sobre o assunto. A palestra “Gestão das emoções e autocuidado” foi ministrada pelo psicólogo Eduardo Basso. O profissional ressaltou que, normalmente, o suicídio aparece como consequência de doenças psiquiátricas, como ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e síndrome de burnout. No entanto, também são observados fatores genéticos que podem estar ligados à ação e, frequentemente, o uso de substâncias químicas, como drogas.

Segundo o palestrante, além de considerar essas condições, é preciso observar falas como “A vida não tem mais sentido!” e “Gostaria de sumir!”. Outro indicativo pode estar no isolamento social repentino, como deixar de participar do rotineiro cafezinho depois do almoço, sair mais cedo da festa, deixar de frequentar a igreja entre outros. Diante de alguém com esses sintomas, a orientação é se dispor para uma conversa.

“O melhor é apenas ouvir, deixar que a pessoa externe os sentimentos que lhe causam sofrimento. Evite frases, como ‘Isso é frescura!’ e ‘Toma uma cervejinha que passa’. Pergunte como está se sentindo ou se há alguém com a pessoa. E acredite, um simples abraço ou elogio pode salvar uma vida”, orienta o psicólogo.

Reação

Outra dica do profissional é gerar momentos felizes, em família ou com amigos, além de deixar o medo de lado e viver novas experiências que podem trazer novas possibilidades e conhecimentos. A ideia é deixar o passado para trás, focar no presente e cultivar sonhos e planos para o futuro, sempre em busca do novo.

“O vazio que muitos dizem sentir quando estão diante de desafios ou dificuldades pode indicar o momento oportuno para novas reflexões e aprendizados que podem mudar a perspectiva de vida. O que entendemos ou acreditamos da vida é o que projetamos no dia a dia. Por isso, muitas vezes, é preciso mudar a maneira de olhar a vida”, considera Basso.


 

A habilidade de gerenciar as emoções facilita os relacionamentos, o que coloca a pessoa em posição diferenciada em relação às demais e a faz sobressair como profissional, inclusive. Outra orientação importante é policiar os pensamentos.

“Não cultive na sua mente aquilo que você não quer no seu mundo. A repetição se torna verdade na mente. Foi assim com a tabuada quando éramos crianças, e pode acontecer com pensamentos negativos também”, reforça.

Ajuda

Independentemente da maneira, é necessário falar sobre os sentimentos que incomodam. Se não ficar à vontade para desabafar com amigos ou familiares, um psicólogo ou psiquiatra podem ajudar por serem profissionais capacitados, inclusive com medicamentos se for preciso.

Além de consultórios particulares, esses serviços são disponibilizados gratuitamente em postos de saúde. Outra opção é a Central de Valorização à Vida (CVV). Através de uma ligação telefônica gratuita é possível conversar com pessoas treinadas para auxiliar nesse tipo de situação. O número é 188 e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. 

Imagens: Divulgação/Comarca de Chapecó
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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