Voltar Sessão do Tribunal do Júri na Uniplac desperta atenção de 250 acadêmicos em Lages

Com o auditório lotado, cerca de 250 estudantes do curso de Direito da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) tiveram a oportunidade de vivenciar na prática e de forma real uma sessão do Tribunal do Júri. A 1ª Vara Criminal da comarca de Lages transferiu, nesta quinta-feira (22), a estrutura do fórum para a universidade a fim de possibilitar essa experiência aos estudantes, numa parceria que já tem quatro décadas.

Estar no ambiente acadêmico, segundo o juiz Laerte Roque Silva, é um estímulo à aproximação com o Judiciário. “Esse contato é muito importante para incentivar os acadêmicos a frequentar mais o fórum ainda no período de faculdade e para mostrar à sociedade a importância da decisão popular em relação ao caso acontecido.”

Desta vez, o caso julgado na universidade de fato ocorreu, diferentemente dos júris simulados que a instituição promove em sua rotina com o envolvimento dos estudantes. “Trazer uma sessão do júri para o campus universitário é proporcionar uma prática do universo jurídico. Ou seja, eles saem do banco escolar, teórico, e passam a vivenciar algo real. Isso encanta e desperta o interesse em várias áreas”, afirma o coordenador do curso de Direito, professor Gerson Palma Arruda.

Alunos Uniplac assistindo palestra
 

Há vários anos, o Poder Judiciário catarinense e a universidade buscam atividades conjuntas voltadas à melhoria da formação acadêmica. “O acadêmico será o futuro juiz, o serventuário ou o advogado que frequentará o fórum. Essa aproximação permite que ele se envolva, amplie o conhecimento e se insira neste mercado em várias oportunidades. Hoje foi o júri, mas temos estagiários em todas as comarcas da região”, reforça o professor.

Aluno da sétima fase e presidente do Centro Acadêmico do curso de Direito, Eduardo Perin valida a proposta. “Trazer a prática para dentro da universidade se faz incrível para todos. É uma expressão de democracia, mostra aos acadêmicos que o Judiciário, de fato, não está inerte. Ainda, que está ocorrendo a justiça e uma resposta social”, destaca, ao lembrar que tanto o promotor de justiça Fabrício Nunes como o advogado Marcos Arruda, atuante no júri, são professores da universidade.

Sobre o julgamento

O júri popular foi presenciado por alunos, professores e advogados. Eles acompanharam o julgamento de um homem acusado de tentar matar outro em 2013, na cidade de Lages. Ao projetar a moto sobre a vítima e derrubá-la, desferiu, conforme a denúncia, diversas facadas. Isso porque teria havido uma briga entre eles tempos antes. Ao final, os jurados do Conselho de Sentença absolveram o réu das acusações, em decisão que é passível de recurso. 

Imagens: Divulgação/Comarca de Lages
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
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