Voltar TJ promove palestra sobre transtorno do espectro autista para PMs e recepcionistas

Pessoas com autismo podem ter dificuldade para entender expressões faciais, metáforas, tom de voz e linguagem corporal, podem apresentar inabilidade para iniciar e manter conversas, além de serem sensíveis a estímulos sensoriais, segundo a psicóloga e professora Vivian de Oliveira. Ela palestrou sobre o tema na sala Thereza Tang, na sede do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, nesta semana (27).

Promovido pela Casa Militar, o evento teve como objetivo fornecer informações relevantes sobre o tema para policiais que atuam na Corte, além de recepcionistas e servidores.

“O transtorno do espectro autista (TEA)”, explicou Vivian, “é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades”.

Ela ressaltou que o conhecimento é o melhor caminho para evitar a discriminação e o preconceito e elencou uma série de estratégias para interagir com pessoas autistas. “Acessibilidade é vital para a pessoa com autismo e pequenas mudanças podem fazer muita diferença, como a diminuição da iluminação e redução do ruído.”

Palestrantes e participantes da palestra.
 

Na sequência, quem proferiu palestra foi o tenente-coronel Adair Pimentel, que conhece o assunto na teoria e também na prática cotidiana por ter um filho autista. Ele contou que recorreu à Justiça para garantir sessões de fonoaudiologia ao filho, restringidas pelo plano de saúde – o pleito foi atendido.

Pimentel focou, principalmente, na legislação. Ele explicou que a pessoa com autismo é considerada, por lei, uma pessoa com deficiência, amparada portanto pela Lei n. 13.146, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. “Está escrito no artigo 8º que é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos”, ressaltou.

A plateia acompanhou atentamente as palestras. O tenente-coronel Cristiano Medeiros, subchefe da Casa Militar, explicou a importância do evento: “Os integrantes da Casa Militar tratam, diariamente, com muitas pessoas, inclusive aquelas que apresentam algum tipo de deficiência, por isso é muito importante que essas pessoas sejam bem atendidas e se sintam acolhidas no Poder Judiciário.”

Acolhimento foi a palavra destacada por Micheline Rosa, chefe da Divisão de Atendimento do Usuário, do TJ. “É importante que os policiais e os recepcionistas possam atender as pessoas que procuram pelos serviços judiciários de uma forma efetiva, direta e acolhedora.” O diagnóstico de TEA é clínico, realizado por meio de observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos.

Imagens: Divulgação/TJSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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