Voltar Tribunal do Júri de Lages é apresentado a estudantes locais e de São José do Cerrito

Desta vez o silêncio na plateia não foi por conta de um julgamento no Tribunal do Júri. Os olhos e ouvidos de cerca de 50 alunos do Caic Nossa Senhora dos Prazeres, de Lages, e da Escola Itinerante Sempre Aprender, de São José do Cerrito, estiveram atentos ao que o juiz Alexandre Takaschima falava durante uma visita ao Fórum Nereu Ramos, nesta quarta-feira (19/9).

A atividade foi organizada pelo Instituto Paternidade Responsável e pelas Secretarias de Educação dos municípios. A maioria dos estudantes nunca havia estado no espaço onde ocorrem,  com a participação da sociedade civil, os julgamentos de réus acusados de crimes contra a vida - o chamado júri popular. As cenas retratadas em novelas e filmes ganharam uma nova compreensão, longe da ficção que grande parte da população conhece.

Cada detalhe de um julgamento foi explicado pelo juiz Takaschima, que atua na 2ª Vara Criminal, com atendimento de casos relacionados a família. Uma das curiosidades dos estudantes foi saber como os jurados são escolhidos. Além disso, demonstraram interesse em saber como é a formação de um juiz. Com mensagem de incentivo à educação, Takaschima surpreendeu ao contar sua trajetória.

Ele disse que foi reprovado no ensino médio e, na adolescência, tentou ser  músico. A carreira no Direito só veio depois que os pais o estimularam a continuar os estudos. A declaração de que parou de contar os livros que leu quando chegou aos três mil surpreendeu todo mundo. Para a aluna Amanda Corrêa, de 18 anos, moradora da localidade de Passo Teodoro Bento, que fica a uma hora do centro de São José do Cerrito, valeu a pena acordar às 5 horas para participar da atividade. "Saio daqui contente porque não tinha ideia do quanto seria bacana. A fala do juiz foi muito positiva e nos fez refletir", garantiu. 

Ela compreendeu um pouco mais o que é ética, relações igualitárias e sociedade mais pacífica. Esse tipo de atividade ainda é incipiente, mas a proposta é que a sociedade melhor compreenda a dinâmica de atuação do Judiciário na região. Para o juiz Takaschima, a conexão entre o Fórum e a educação precisa ser cada vez mais forte. "Precisamos conviver não apenas na teoria, mas na prática. Temos que quebrar essas barreiras e fazer deste lugar realmente um espaço público", finalizou.

Imagens: Taina Borges/Assessoria de Imprensa TJSC
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Fabrício Severino
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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