Campanha “Dignidade Menstrual” já conta com a participação de 39 comarcas e do TCE - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

A campanha “Dignidade Menstrual”, organizada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid) e a Diretoria de Saúde, do TJSC, já conta com a participação de 39 comarcas distribuídas por todas as regiões catarinenses. Além das unidades judiciais, o Tribunal de Contas do Estado e as algumas pessoas de forma particular aderiram à ação social. O movimento busca arrecadar absorventes, dar visibilidade às questões relacionadas à pobreza menstrual e combater a desinformação sobre o tema.

O projeto piloto é aberto ao público externo e as demais comarcas podem integrar o grupo de participantes a qualquer momento. A campanha segue até o dia 25 de março, com a entrega dos donativos prevista para 28 de março. Portanto, há tempo para adesão de comarcas que queiram participar. Para isso, basta encaminhar um e-mail para cevid@tjsc.jus.br e manifestar interesse em fazer parte, com a indicação do nome da ONG, instituição ou entidade a ser beneficiada. É facultado às unidades judiciárias a indicação de organizações ou entidades que já desenvolvam algum trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade social para auxiliar na distribuição nas comarcas.

Os servidores do Judiciário podem participar com a compra dos absorventes descartáveis na farmácia do Tribunal de Justiça, por meio de formulário, ou depositar os donativos em caixas coletoras nas comarcas. Os organizadores destacam que nas compras feitas pelo site do Tribunal é fundamental informar o nome da ONG, instituição ou entidade beneficiada para que as doações sejam separadas e, ao final, encaminhas para as comarcas.

O que é pobreza menstrual

A pobreza menstrual, também chamada de precariedade menstrual, é o termo dado à falta de acesso a produtos para manter uma boa higiene no período da menstruação, e está relacionada à pobreza, bem como a infraestrutura do seu ambiente, especialmente de saneamento.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio, e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.​

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