Projeto inédito quer instruir 10 mil jovens para reduzir a violência doméstica em SC - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Cinco mil alunos do ensino fundamental das escolas de Camboriú participaram de debates, ao longo do mês de abril, sobre violência doméstica. Agora, em maio, será a vez de outros cinco mil estudantes do ensino médio.
Inédita no Brasil neste formato, a ação é promovida pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em parceria com a Secretaria de Educação do Município, Ministério Público, Ordem dos Advogados e Polícias Civil e Militar, além de outros parceiros da rede de apoio.
Na última semana (2/5), no salão do júri do Fórum de Balneário, as entidades se reuniram para traçar as estratégias da nova etapa do projeto. Para os participantes, o que mais chamou atenção nesta primeira etapa foi o grande interesse dos estudantes no assunto, com as perguntas mais diversas e o pedido para que a ação alcançasse mais jovens.
As juízas Naiara Brancher e Karina Muller, ao lado da advogada Katia Quintanilha Soares e das promotoras de justiça Greicia Malheiros da Rosa e Caroline Cabral Zonta, conduziram a reunião, na qual se decidiu - diante do sucesso da 1ª etapa - ampliar as palestras para o ensino médio das escolas estaduais e também para o Instituto Federal.
Durante o mês de abril, quando o projeto começou, foram 64 palestras em dois formatos - um para os alunos do 5º e 6º anos, e outro para as turmas do 7º, 8º e 9º anos. Além de representantes do Judiciário, palestraram promotoras de justiça da comarca, advogadas, policiais, assistentes sociais e um psicólogo.
Depois das palestras, os professores e professoras desenvolvem com os alunos, já na sala de aula, o que foi discutido. Os alunos que estudam em escolas sem auditório foram transportados para o local das palestras.
“O melhor caminho para que a gente possa viver numa sociedade mais justa, mais segura, com mais respeito para todas e todos, é a educação”, afirma a juíza Naiara. Para ela, o projeto não teria atingido tantas pessoas sem o comprometimento e a união dos professores e de todos os voluntários.
Conforme a advogada Katia Quintanilha Soares, coordenadora do projeto OAB por Elas em Camboriú, “levar o tema da violência doméstica para as escolas é crer numa mudança do cenário da violência, com redução dos índices por meio da educação”. Ela sublinha que o objetivo da ação é que as crianças e os adolescentes tenham noção do certo e do errado e estejam preparados para evitar relacionamentos violentos.
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)