Programa Indira promove rodas de conversa e acolhimento em mais três comarcas - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Programa Indira promove rodas de conversa e acolhimento em mais três comarcas

Ações ocorreram em Camboriú, Balneário Camboriú e Navegantes

26 Maio 2025 | 15h01min
  • Prevenção

Com escuta atenta, acolhimento e informação, o Programa Indira, iniciativa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), realizou na última semana rodas de conversa nas comarcas de Camboriú, Balneário Camboriú e Navegantes entre os dias 19 e 21 de maio. Aproximadamente 70 mulheres participaram das atividades, que tiveram como foco a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar dentro do ambiente institucional do Judiciário.

Executado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) em parceria com o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), o Programa Indira tem como missão proteger e apoiar magistradas, servidoras, estagiárias, residentes, terceirizadas, comissionadas e demais colaboradoras da Justiça catarinense que enfrentam situações de violência.

Durante os encontros nas três comarcas, realizados em dois turnos — pela manhã para trabalhadoras terceirizadas, à tarde para demais colaboradoras —, a assistente social da (Cevid) Rosilene Aparecida da Silva Lima e a policial civil do NIS Bruna Mafra Castilho conduziram as conversas com empatia, informação e escuta qualificada. O acolhimento oferecido pelo Indira inclui atendimento psicossocial e, conforme o caso, encaminhamentos para medidas de segurança.


 

Em Navegantes, o grupo formado pelas profissionais terceirizadas da comarca se destaca pelo forte espírito de união e solidariedade, como relata a assistente social Rosilene Lima. “Elas formam uma rede coesa e acolhedora, em que uma cuida genuinamente do bem-estar da outra. Quando alguma colega enfrenta momentos difíceis, elas se organizam para conversar e promover instantes de descontração, criando um ambiente de acolhimento real e efetivo. A rede formada entre as terceirizadas é marcada por empatia, apoio mútuo e cuidado coletivo, expressando de forma concreta a sororidade”, ressalta.

Integrante do grupo, Ana Paula Cordeiro reforça esse sentimento de pertencimento e apoio mútuo ao destacar a importância de espaços como esse. “A união mostra que não estamos sozinhas. A importância de grupos de amigas que sofrem violência doméstica é imensa e pode ser determinante para romper ciclos de abuso”, afirma, incentivando a formação de novas redes de apoio.

A participante Hélia de Santana Amarante Andrade compartilhou a relevância da roda de conversa do Programa Indira como espaço de conscientização. Para ela, a palestra sobre violência doméstica foi um momento de grande aprendizado e reflexão. “Ela abordou como esse tipo de violência pode ser silencioso e difícil de identificar, principalmente porque muitas vítimas sentem medo, culpa ou vergonha de falar sobre o que estão vivendo. Um ponto importante foi o destaque da importância da amizade e do apoio emocional. Amigos atentos podem fazer a diferença ao oferecer escuta, acolhimento e incentivo para que a vítima busque ajuda. A palestra mostrou que, muitas vezes, uma rede de apoio é essencial para romper ciclos da violência e dar força a quem sofre em silêncio”, destacou.

Outras participantes também expressaram a força do encontro:


 

“Foi um prazer participar dessa roda de conversas sobre violência doméstica, pois é muito bom trocar ideias sobre esse assunto que só aumenta no nosso país”, Aline Kelly, terceirizada da comarca de Navegantes.


“O nosso bate-papo sobre violência doméstica abordou a gravidade do problema e seus impactos nas vítimas, que frequentemente enfrentam barreiras emocionais e sociais para buscar ajuda. Foram discutidos os tipos de abuso (físico, psicológico, sexual e econômico), a importância de redes de apoio e a necessidade de conscientização para prevenir o ciclo de violência. Além disso, ressaltou-se o papel das autoridades e organizações em fornecer suporte legal e emocional, encorajando as vítimas a romperem o silêncio e a buscarem ajuda”, Danielly Demelisa, terceirizada da comarca de Navegantes.

“Foi uma manhã superprodutiva, nós mulheres unidas sempre seremos mais fortes”, Gisele Oliveira, terceirizada da comarca de Navegantes.


 

“Reforçamos a importância desse programa de violência doméstica criado pelo TJ. Esse tipo de iniciativa desempenha um papel crucial na proteção das vítimas, na punição de agressores e na conscientização da sociedade sobre a gravidade do problema que vem acentuando de forma significativa”, Edna Maria de Oliveira Carvalho, assistente social da comarca de Balneário Camboriú.

“Gostei muito da visita, ouvi vários comentários de colegas sobre a importância de falar sobre o assunto e divulgar essa possibilidade de atenção e cuidado com as servidoras do Tribunal de Justiça de Santa Catarina”, Roseli Laia da Silva, analista administrativa da comarca de Camboriú.

“Amamos a roda de conversa, pois aborda assuntos que, muitas das vezes, nos passam despercebidos. Ou até mesmo a vergonha de se expor faz com que soframos caladas. Esse momento, com detalhes e depoimentos de outras mulheres que passaram ou estão passando por isso, nos faz refletir sobre a importância de nós mulheres nos acolhermos sem julgar, apoiar, entender e respeitar o momento exato de cada uma tomar a decisão de denunciar, de trazer a público o que está passando. Esse acolhimento vem de dentro do nosso grupo de trabalho. Muito bom ter uma equipe que tem diálogo entre as colaboradoras. Esse acolhimento é fundamental. Olhemos para todas as mulheres com amor, carinho e respeito. Ninguém sofre porque quer. Cada uma sabe o porquê de estar dentro de um relacionamento abusivo. Ela só precisa saber que tem apoio na rede de trabalho. É muito gratificante e tranquilizador sentir-se apoiada pelo Programa Indira. Parabéns, Rosinha e Bruna, pelo excelente trabalho. Nosso grupo ficou muito feliz e satisfeito com a presença de vocês”, Catia Cilene, terceirizada da comarca de Navegantes.

“A roda sobre a violência doméstica tem grande importância para a prevenção, por ser um espaço de escuta e acolhimento, onde se identificam situações semelhantes e ocorre a quebra do silêncio de vítimas”, Ana Paula Cordeiro, terceirizada da comarca de Navegantes.


 

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