Voltar Estágio no PJSC contribui para aprendizado dos acadêmicos e para celeridade das ações

Escolher o curso universitário que deve nortear a profissão da pessoa é uma grande responsabilidade. Normalmente é preciso optar durante a adolescência, período em que muitas outras preocupações e dúvidas cercam os jovens. Aqueles que elegem o Direito como futura atividade profissional encontram um grande aliado no Poder Judiciário de Santa Catarina, como parceiro no conhecimento prático da atividade através de estágios.

A partir do segundo semestre da faculdade, os acadêmicos já podem se inscrever nos fóruns das comarcas. Em Chapecó, por exemplo, são 91 vagas, das quais 57 estão preenchidas. O processo seletivo foi suspenso temporariamente devido à pandemia. Outras quatro vagas são disponibilizadas para estudantes de Administração, Contabilidade, Psicologia e Serviço Social. A carga horária é de quatro horas por dia, com remuneração mensal de R$ 1.000. O contrato é válido por dois anos.

A juíza Maira Salete Meneghetti, diretora do foro, conta que as atividades demandadas aos estagiários são simples ou têm modelos a serem seguidos. Pesquisas e estudos específicos que colaborarão com o trabalho de colegas também são funções repassadas aos acadêmicos.

"No fórum, o estagiário acaba aprendendo na prática o que ele aprende em teoria em sala de aula. Um aprendizado complementa o outro. E, consequentemente, o trabalho dele auxilia no bom andamento dos processos. É notória a evolução dos acadêmicos durante o período de estágio, principalmente no raciocínio lógico na adaptação das leis ao caso em questão. Além de ser força de trabalho muito importante para o fórum, os estagiários nos mantêm aproximados do mundo acadêmico", explica Maira.

A magistrada ressalta que é necessário um investimento de tempo e dedicação ao entendimento dos estagiários sobre o trabalho forense, devido à complexidade. No entanto, os resultados obtidos são compensadores.

"Buscamos envolvê-los em diferentes funções dos cartórios ou gabinetes para que tenham acesso à maior quantidade possível de conhecimento. Ao final do estágio, o retorno é de que aprenderam não só sobre a prática do Direito, mas também sobre relacionamento no trabalho e sobre o serviço público, por perceberem o grande empenho dos servidores e magistrados em atender a demanda da comunidade", considera a juíza.

Experiência de mão dupla

O atual chefe de cartório do 1º Juizado Especial Cível da comarca de Chapecó, Lauro Lichak, completa 13 anos como funcionário público do PJSC. Os dois anos de estágio foram cumpridos de 2006 a 2008 na assessoria de gabinete da 1ª Vara Criminal da mesma comarca.

Depois, seguiu como contratado nos cargos de assessor jurídico, técnico judiciário e analista jurídico nas comarcas de Chapecó, Palmitos, Xaxim e São Carlos. Em fevereiro de 2019, foi empossado chefe de cartório do 1º Juizado Especial Cível de Chapecó.

"Tinha como meta fazer estágio na área jurídica, não importando o local ou instituição. Tentei escritórios de advocacia e no fórum, e logo fui selecionado. Na época, foi exigida uma redação. Comecei a estudar para concursos públicos. Passei para escrivão de polícia, mas resolvi não assumir e continuei estudando. Minhas experiências no PJSC ajudaram muito também nos concursos para o Judiciário porque parte da matéria exigida na prova era o nosso dia a dia. Só de estar no ambiente é possível aprender bastante", divide Lichak.

Oportunidade

Ana Luiza Spier Folle é acadêmica do 8º período de Direito no Centro de Ensino Superior (Cesul), em Francisco Beltrão/PR. Ela é estagiária no gabinete da Vara Única da comarca de Campo Erê, no Extremo Oeste. A escolha profissional estava definida desde muito cedo. Iniciou estágio voluntário no cartório do mesmo fórum ainda no 1º semestre da graduação. Um ano e meio depois, abriu-se uma vaga para estágio remunerado no gabinete, onde atua hoje. Cada trabalho realizado é revisado pelo magistrado da unidade, que valida o documento.

"Jamais teria aprendido tudo o que aprendi com a rotina do cartório e do gabinete. Os servidores dedicam muita atenção aos conhecimentos que ainda não tenho. Além disso, adquiri uma disciplina de estudos e trabalho excelente. Cresci muito como pessoa, acadêmica e profissional. O estágio foi e está sendo muito importante", finaliza Ana.

Ouça o nosso podcast.

Imagens: Divulgação/Freepik
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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