Voltar TJSC inicia implantação do Programa de Teletrabalho para servidores do Judiciário

Inscrições vão de 3 a 14 de agosto

Um ano depois de ter arrumado as malas para seguir o marido no novo emprego nos Estados Unidos, Marília Wildner da Silva Colombo, técnica judiciária auxiliar lotada no 2º Juizado Especial Cível da Capital, está de passagem em terras brasileiras com uma bagagem de experiências profissionais a ser compartilhada. Uma das oito pessoas selecionadas para participar do projeto piloto do Teletrabalho, realizado entre agosto e dezembro de 2014, Marília, que mora em Redmond, cidade próxima a Seattle, no Estado de Washington, teve produtividade que superou em 45% a meta estabelecida.

O desempenho de Marília refletiu na produtividade do cartório, que teve mais tempo livre para outras atividades como o atendimento ao público, cuja demanda é bastante grande. São experiências como essa que ajudaram a consolidar o Programa de Teletrabalho e colaboraram para sua instituição no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A partir de hoje (3/8) até o próximo dia 14, os interessados em se candidatar a uma vaga no trabalho remoto poderão inscrever-se no link disponibilizado no Portal do Servidor. A íntegra do edital, com todas as pré-condições, pode ser acessada aqui.

Serão disponibilizadas 100 vagas, limitadas a no máximo 30% do quadro de pessoal de cada seção. O programa não abrange servidores em estágio probatório nem ocupantes de cargo de direção ou chefia. Comissionados também poderão se inscrever. Os escolhidos participarão da modalidade durante um ano, com possibilidade de prorrogação. 

A iniciativa do TJSC vai ao encontro da proposta de ato normativo aprovada na última segunda-feira (27/7) pela Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ideia do CNJ é que com o teletrabalho se consiga medir melhor o desempenho e produção dos servidores, em contraste com a metodologia atual, que se baseia nas horas trabalhadas e não em metas de desempenho. 

Marília afirma que, para construir sua rotina de teletrabalhadora, a disciplina é essencial. Todos os dias ela se arrumava para trabalhar e, com exceção dos sapatos, o traje era completo. A servidora também destaca a importância de haver um local da casa específico para o desenvolvimento das atividades.

"A pessoa precisa ter disciplina e não deixar o trabalho acumular, caso contrário não conseguirá atingir as metas. Não dá para sucumbir a uma dor de cabeça. É preciso também ter autonomia e iniciativa para resolver problemas sem auxílio do escrivão. É essencial também ter um espaço só meu, não daria certo se trabalhasse na sala de jantar. Tendo esse local, posso trabalhar livremente, sem me preocupar em liberar o espaço para outra pessoa", orienta Marília.

Toda a comunicação, orientações e dúvidas eram passadas via e-mail ou chat. Apesar de conseguir produzir mais em casa, a carga horária de trabalho semanal de Marília era a mesma que a dos servidores comuns. A diferença ficou por conta da flexibilidade no horário de trabalho, que pode ocorrer tanto nos finais de semana quanto de madrugada, ao gosto do servidor.

Enquanto participaram  do projeto, entre agosto e novembro de 2014, todos os servidores tiveram acompanhamento psicológico e instruções ergonômicas para iniciar o trabalho. Marília investiu cerca de R$ 5,5 mil em computador e cadeira ergonômica, mas considera que a decisão valeu muito a pena.

"Durante o período em que desenvolvi o trabalho remoto minha qualidade de vida melhorou muito, tive tempo para a casa e para a família, e me organizava para na hora de trabalhar fazer apenas isso. Como não estava dentro da movimentação do cartório e não atendia telefone nem balcão, conseguia me concentrar melhor e produzir muito mais", conclui a teletrabalhadora.

Imagens: Divulgação - Assessoria de Imprensa do TJSC
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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