De Bom Retiro para Santiago de Compostela, planos de um servidor recém aposentado - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar De Bom Retiro para Santiago de Compostela, planos de um servidor recém aposentado
04 Março 2022 | 09h59min
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No primeiro dia como servidor aposentado da Justiça catarinense, Raul Ronei Schelenper decidiu pintar as janelas da casa de madeira na qual vive, em Bom Retiro, na Serra Catarinense. Não fosse outra residência no caminho, dali conseguiria enxergar o Fórum da cidade. Foi na comarca local que passou boa parte da vida profissional. Dos 32 anos no Judiciário, 29 atuou como oficial de Justiça em Bom Retiro, para onde pediu para mudar por conta da saúde frágil dos pais. Antes disso, passou por Anita Garibaldi, também na região serrana. Seus planos agora incluem até a peregrinação por Santiago de Compostela.

Antes de chegar lá, Raul, aos 58 anos, relembra sua trajetória no Judiciário catarinense. Diz que conheceu várias pessoas, entre juízes, juízas, colegas oficiais de Justiça, serventuários e advogados, que o ajudaram a moldar valores morais e profissional. Na vasta lista estão o desembargador Salim Schead, o juiz Alexandre Takaschima e o advogado Afrânio Camargo, professores no curso de Direito no qual se formou, em 2006. “Ter estudado me fez crescer muito como oficial de Justiça. A partir da formação, eu passei a entender o que e porque estava desempenhando minha atividade”.

Também cita com carinho os colegas Maquelino Rodrigues, Pedro Jani Maia e José Luiz Leite e os magistrados Soraia Nunes e Mário Bianchini. “O conhecimento e experiências que essas pessoas me transmitiram ajudou a formar o meu caráter ao longo do tempo. Aquilo que a gente aprende, não esquece mais”.

Atividade desempenhada na base do diálogo

Foi com Pedro Jani que viveu umas das histórias mais marcantes da carreira. No início, há três décadas, eles tinham como função prender algumas pessoas condenadas pela Justiça. No interior de Anita Garibaldi tiverem que buscar um cidadão sentenciado a 18 anos de prisão. Ao chegar na localidade, o senhor resistiu à prisão, enquanto diversos familiares assistiam a cena com armas na mão. “Passamos um medo que não dá para mensurar, porque naquela época as pessoas eram muito violentas.  Aquele homem apontou diversas justificativas para não nos acompanhar. Com muita conversa, o convencemos”.

Essa experiência ajudou Raul em outras oportunidades, como fazer a apreensão de 18 mil quilos de fumo em um barracão sem precisar chamar ajuda da polícia. “ Sempre primei pela conversa, educação e verdade, e deu certo”. Ele diz que o oficial de Justiça é como uma ouvidoria itinerante. “Escutamos muita coisa da comunidade. Às vezes, as pessoas criticam o judiciário sem conhecimento ou por distorção da informação. Esses fatores acabam afetando a credibilidade da Justiça”, analisa.

Viagens e artesanatos estão nos planos do aposentado

Algumas atividades estão listadas por Raul para esta nova fase. Uma delas é visitar a filha que mora em Minas Gerais. Por acompanhar a atividade do pai, se formou em Direito e hoje atua como delegada de polícia no interior mineiro.

Outra viagem planejada é para Espanha. Ele e a esposa querem percorrer o caminho de peregrinação de Santiago de Compostela. Como gosta de trabalhar com madeira, os artesanatos serão um bom passa tempo para o aposentado, que pretende se aperfeiçoar nos trabalhos manuais.

Imagens: Divulgação/Arquivo Pessoal
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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