Voltar CPMA de Joinville encerra 1ª turma do grupo reflexivo de homens agressores em 2022

A Central de Penas e Medidas Alternativas da comarca de Joinville encerrou neste mês a primeira turma do Grupo Reflexivo REFLETIR – projeto de responsabilização para homens autores de violência doméstica, que cumprem penas alternativas decorrentes da Lei Maria da Penha. Foram seis encontros semanais, nos quais as pessoas em alternativa penal tiveram espaço de fala e também momentos para ouvir depoimentos e orientações da equipe sobre os seguintes temas: Reflexão de Gênero, Rede de Encaminhamentos; Emoções e Violências; Violência e Legislação.

“As reuniões têm o objetivo de criar um espaço coletivo para as pessoas em alternativas penais, em que todos possam desenvolver o pensamento crítico, a exposição de ideias, a visão política e social para a vida comunitária, potencializando-os para serem multiplicadores dos temas e das informações trabalhadas”, explica Kátia Regina Aguiar, assistente social da CPMA. Ela diz que os profissionais envolvidos são responsáveis pelo planejamento e desenvolvimento das atividades, porém contam com o apoio e parceria de outras instituições quando necessário.


 

Para Janete Grobe, superintendente de Penas Alternativas e Apoio ao Egresso, o foco dessa política da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa é diminuir os índices da população carcerária e trabalhar a responsabilização, a reflexão e a promoção da  cidadania, tanto no grupo quanto em toda a comunidade, com base em uma cultura de paz.

O juiz João Marcos Buch, titular da Vara de Execuções Penais da comarca de Joinville, participou como intermediador do último encontro do grupo. O magistrado define a iniciativa como uma forma de sensibilização da pessoa a respeito dos atos cometidos e de sua responsabilidade, dentro de um universo de relações sociais.

“Dialogamos a respeito do machismo estrutural da sociedade. Foram momentos para sanar dúvidas e dizer o que as centrais de penas e medidas alternativas podem fazer, não apenas no sentido de execução da pena, porque esse é um dos fatores previstos em lei, mas também de orientar e atuar como uma rede de atenção a essas pessoas”, enfatiza Buch. O juiz destaca ainda que o grupo se mostrou muito receptivo. “Tenho certeza de que a partir dali, quase que na totalidade, eles terão consciência de como superar a violência e reduzir danos”, conclui.

Ouça o nosso podcast.

Imagens: Divulgação/Comarca de Joinville
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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