Violência doméstica afeta também EUA, onde causa prejuízo anual de US$ 8 bilhões - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Violência doméstica afeta também EUA, onde causa prejuízo anual de US$ 8 bilhões
28 Setembro 2016 | 12h28min
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A violência doméstica acarreta anualmente um prejuízo econômico de US$ 8 bilhões aos Estados Unidos, por conta do emprego do aparato policial, acionamento da máquina judicial e gastos com saúde, além de faltas e baixa produtividade nos ambientes de trabalho.

A advogada norte-americana Ludy Green, especialista na matéria, abriu a programação do Encontro "Mulheres em Ação - 10 anos da Lei Maria da Penha" nesta manhã (28/9), no auditório do Tribunal de Justiça, com dados estatísticos que comprovam a importância e a necessidade de combater essa situação, independente de fronteiras políticas e geográficas.

Fundadora da ONG "Segunda Chance", Green prega o empoderamento econômico da mulher para levá-la à independência financeira e assim tirá-la do cativeiro invisível em que se transforma o relacionamento conjugal. Em seu país, com 324 milhões de habitantes e população que registra leve predomínio feminino (50,6%), exemplificou, mais de 40 milhões de mulheres já foram vítimas de algum tipo de violência no ambiente familiar - uma em cada quatro americanas.

Ela classifica as agressões sofridas pelas mulheres em três níveis: física, psicológica e econômica. A organização que preside, criada em 2001, trabalha a questão sob este último viés, ao oferecer apoio para que mulheres sejam capacitadas e ingressem ou retornem ao mercado de trabalho em busca da independência financeira. Essas e outras alternativas de combate ao problema da violência doméstica estão no centro dos debates promovidos em conjunto por Tribunal de Justiça, Governo do Estado, Prefeitura da Capital e Consulado dos Estados Unidos ao longo desta quarta-feira, no auditório do TJ.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Torres Marques, abriu os trabalhos e, também através de estatísticas, demonstrou a importância das discussões entabuladas. Lembrou que o Brasil ocupa a 5ª posição entre 83 países no ranking de violência doméstica, mas contrapôs que a Lei Maria da Penha foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das três legislações mais avançadas no mundo para o enfrentamento do problema.

Na solenidade de abertura fizeram uso da palavra, ainda, o desembargador Roberto Lucas Pacheco (GMF); o prefeito da Capital, César Souza Júnior; o secretário estadual de Assistência Social, Geraldo Althoff; e a cônsul americana Mariju Bofill. Todos uníssonos na necessidade de enfrentar a violência doméstica e promover a igualdade entre sexos e raças. O evento segue no período vespertino, com palestras da socióloga Elisa Sardão Collares e da juíza de 2º grau Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. 

Imagens: Gustavo Lacerda Falluh / Assessoria de Imprensa do TJSC
Conteúdo: Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa e Sandra de Araujo
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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